BRASÍLIA-DF| O presidente nacional do PSC (Partido Social Cristão), Pastor Everaldo , foi preso na manhã desta sexta-feira (28) acusado de fazer parte do esquema de desvio de recursos públicos destinos à saúde do Estado do Rio de Janeiro. O chefe do desvio seria o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC-RJ), que foi afastado do cargo por 6 meses, pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O MPF chegou a pedir a prisão de Witzel, mas o ministro Benedito Gonçalves disse, na decisão, que entendeu ser suficiente o seu afastamento do cargo para encerrar as supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro. O governador poderá permanecer na residência oficial e ter contato com o pessoal e serviços imediatamente a ela correspondentes, porém, tem acesso proibido às dependências do governo do estado e a sua comunicação com funcionários e utilização dos serviços.
O pastor Everaldo foi citado na delação premiada do ex-secretário de saúde, Edmar Santos, por conta da influência dele no Palácio Guanabara. O ex-secretário foi preso por corrupção. Segundo a delação, era o pastor Everaldo quem mandava na saúde.
Everaldo foi responsável por batizar o presidente Jair Bolsonaro , no rio Jordão, em Israel, no dia 12 de maio de 2016. Everaldo também é investigado pela operação Lava Jato sob acusação de ter recebido R$ 6 milhões da Odebrechet para ajudar Aécio Neves (PSDB) nos debates presidenciais de 2014.
Apesar de ser católico , Bolsonaro se aproxima de líderes políticos evangélicos , que formam uma das suas bases mais sólidas de eleitores. O presidente também já foi filiado ao PSC do Pastor Everaldo entre 2016 e 2018, quando deixou o partido para concorrer à Presidência pelo PSL (Partido Social Liberal).