BRASIL – Um caso revoltante tomou conta das redes sociais nesta quarta-feira de Natal, depois que a jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, tomou um tiro na cabeça e está entre a vida e a morte, após o carro da família dela ser cercado e metralhado pela Polícia Rodoviária Federal do Rio de Janeiro.
O caso ocorreu na Rodovia Washington Luís, na BR-040.
No carro estavam Juliana, o pai dela, a mãe e o irmão, a caminho da casa de familiares para comemorar o Natal, na noite desta terça-feira (24). De acordo com o pai de Juliana, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, os policiais já chegaram atirando, e ele só teve tempo de encostar o veículo e pedir para todo mundo se abaixar.
“Falei para a minha filha: “Abaixa, abaixa”. Eu abaixei, meu filho deitou no fundo do carro, mas infelizmente o tiro pegou na minha filha. Eles já desceram do carro perguntando: “Porque você atirou no meu carro?’. Só que nem arma eu tenho!”, conta o pai.
Juliana passou por cirurgia de emergência, mas está em situação gravíssima. “A gente viu a polícia e até falou assim: “Vamos dar passagem para a polícia”. A gente deu e eles não passaram. Pelo contrário, começaram a mandar tiro em cima da gente. Foi muito tiro, foi muito tiro “, relata Deyse Rangel, mãe de Juliana.
A PRF emitiu nota, mas não deu os nomes dos policiais e nem o motivo da abordagem.
“Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana. Por fim, a PRF colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso”, informa a nota.