MANAUS (AM) – A Justiça do Amazonas decretou a prisão preventina de 12 policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam), suspeitos de envolvimento nas mortes de quatro pessoas, na Rodovia AM-010, em dezembro de 2022. As vítimas foram encontradas dentro de um carro na KM 32 da AM-010.
A defesa dos PMs pediu a soltura deles nesta terça-feira (24) e os PMs estavam presos temporariamente no Batalhão da Polícia Militar do Amazonas desde o dia do crime. Eles seriam soltos nesta terça-feira, mas a decisão da justiça mudou tudo.
Na decisão, a Justiça do Amazonas sustentou que a decretação da prisão preventiva foi necessária em razão da gravidade do caso, que demonstra o grau de periculosidade dos agentes e a necessidade de proteger o andamento das investigações.
Os PMs da Rocam foram presos conforme determinação da juíza Dinah Fernandes, da Comarca de Manaus, a pedido da Polícia Civil, desde o dia 23 de dezembro.
O caso
Logo após o crime, oito PMs da Rocam foram afastados de suas funções após serem apontados como os autores. Um vídeo que mostra eles abordando as vítimas foi importante para a investigação.
Os corpos foram encontrados dentro de um carro, com tiros de pistola e espingarda calibre 12. Três deles usavam balaclava na cabeça. Uma das vítimas, Alexandre do Nascimento Melo, de 29 anos, era filho de policial militar. Com ele, foi morta ainda a esposa Valéria Luciana Pacheco da Silva, de 22 anos. Eles deixaram um filho de menos de 1 ano.
Além deles, os irmãos Diego Máximo Gemaque, de 33 anos, e Lilian Daiane Máximo Gemaque, de 31 anos, também foram executados.