MANAUS – AM | A notícia de que o professor de Anatomia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), identificado como Helder Bindá Pimenta, foi preso por suposto envolvimento com tráfico de órgãos na manhã desta quinta-feira (22), deixou muita gente chocada.
Porém, uma testemunha usou as redes sociais para dizer que já havia tentado denunciar o professor através das redes sociais e que o homem vinha sendo investigado desde 2010. Em depoimento, deixado em uma página no Instagram, o jovem diz que o professor estava sendo monitorado pro forçar aproximação com algumas alunas, entre elas, uma amiga (da testemunha).
‘Em 2018 eu ia para as festas da UEA, na Cachoeirinha, e fiz amizade com muita gente. Uma dessas pessoas era a Eduarda dos Santos Gonçalo. Um dia, vi ela conversando com esse professor, que na época já estava sendo ‘monitorado’ por forçar aproximação com uma outra aluna. Ele pedia para manter esse caso em sigilo. Num determinado sábado, eles (Eduarda e Helder) saíram e ela nunca mais me deu notícias. A polícia só teve pistas porque eu tinha algumas mensagens no celular, mas não era o suficiente. O professor foi ouvido, mas não foi detido por falta de provas’.
A testemunha conta que só conseguiu ser ouvido pela polícia porque tinha um conhecido dentro da polícia que o ajudou na denúncia. ‘Ele me contou que esse professor estava sendo investigado desde 2010 por tráfico de órgãos. Eu tinha uma conta no insta que foi derrubada simplesmente por não haver provas. Eu podia ser processado’.
‘Finalmente!’, comemorou o jovem, identificado apenas como Luccas. ‘Ninguém me ouvia quando minha amiga desapareceu’.