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Professores da rede pública prometem paralisação na próxima terça

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Manaus – O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam) afirmou que professores e pedagogos da rede estadual de ensino devem fazer uma paralisação geral na próxima terça-feira (29). As reivindicações da categoria são plano de saúde e um reajuste salarial de 20%. De acordo com o presidente do Sindicato, Marcus Libório de Lima, a categoria não recebe reajustes há dois anos.

Segundo o presidente do Sinteam, o principal motivo para a paralisação é o fato de a categoria não receber uma resposta do Governo do Estado sobre as reivindicações. Para Marcus, a categoria e o Sindicato já foram muito pacientes com o Governo e por isso decidiram pelo ato de protesto.

O presidente também informou que o sindicato deve realizar uma manifestação em frente à sede do Governo do Estado, no dia da paralisação geral, às 8h. Segundo ele, o intuito é pressionar o Governo para que haja uma resposta sobre as reivindicações. “Não houve nenhum cumprimento do que foi acordado, em anos anteriores, por parte do Governo. Nosso plano de saúde deveria sair em fevereiro deste ano, mas não saiu. A data base e a reposição da inflação no período não nos foram dadas. O acumulado da reposição nos dois anos que estamos sem receber, chega a 20%, só contando a inflação”, informou o presidente do Sinteam.

De acordo com Marcus, as atividades de todas as escolas da rede estadual de ensino, da capital e interior do Estado, serão afetadas nos três turnos. “Isso é ruim para a categoria. Queremos sentar para conversar e ter uma resposta plausível do governador. Já se passaram dois anos e não vemos interesse da parte deles em nos apresentar propostas”, disse Marcus.

Para o professor e um dos diretores do Sinteam  Jorge Alencar, a situação de não receber reajuste salarial há dois anos, afeta a renda e a qualidade de vida dos profissionais, pelo fato do salário não acompanhar o aumento da inflação.”Isso faz com que tenhamos que trabalhar mais. Tem professores concursados para uma cadeira que acabam tendo que dobrar a cadeira para ter uma renda melhor, por exemplo. Isso sobrecarrega o trabalhador e pode até comprometer a qualidade no ensino”, comentou Jorge.

Já a presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (Ctb), diretora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (Cnte) e professora, Isis Tavares, comentou que a profissão requer um continuo aperfeiçoamento, além de gastos diários, que acabam sendo afetados com o atraso do reajuste. “Nós lemos muito. Estudamos muito. Precisamos ter um lazer também, assim como qualquer outra pessoa. Precisamos investir nas nossas formações, assim como o Estado precisa investir em nós. Isso afeta tanto a nossa vida pessoal, como até mesmo o nosso trabalho”, disse.

Seduc

Segundo a assessoria, tais melhorias estão sendo projetadas levando em consideração “as prerrogativas da Lei de Responsabilidade Fiscal, que exige dos gestores o total rigor para o equilíbrio das contas públicas”.

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