MANAUS (AM) – O nome do promotor de justiça Walber Luís do Nascimento, que foi acusado pela advogada Catharina Estrella de compará-la com uma “cadela”, já é conhecido e envolvido em outras polêmicas em Manaus. Em 2010, ele ficou conhecido no “Caso Wallace”, quando foi condenado por envolvimento com uma quadrilha.
O promotor foi condenado a dois anos e três meses de prisão, além da perda do cargo público, já que atuava no Tribunal do Júri de Manaus. Na mesma época, outra bomba: a acusação de ganhar um carro modelo New Beetle amarelo, avaliado em R$ 50 mil, do traficante Flávio Augusto Coelho de Souza, o “Flavinho da 14”, condenado por tráfico de drogas.
Na época, Walber foi indiciado por formação de quadrilha e corrupção passiva. Mais tarde, a pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade. Mais recentemente, em 2015, ele voltou ao Ministério Público do Amazonas (MP-AM) após decisão favorável do ministro Napoleão Nunes filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), com base em mandado de segurança.
Walber sempre negou os crimes e chegou a apresentar carnês de pagamento no caso do carro importado, que supostamente teria sido um presente de Flavinho após o promotor promover um encontro com o ex-deputado Wallace Souza.
A história sempre foi negada por ele, mas chegou à polícia por meio do ex-policial militar Moacir Jorge da Costa, o “Moa”, que denunciou. Walber foi acusado ainda de beneficiar o filho de Wallace, Raphael Souza, em casos suspeitos de tráfico de drogas.
Caso Wallace
A investigação que deixou Walber em maus lençóis tinha como alvo Wallace Souza, que ficou muito conhecido pelo programa “Canal Livre”. Na época, o deputado foi acusado de encomendar mortes para mostrar na televisão.
Agora, o promotor voltou de novo aos holofotes após uma sessão no plenário da 3ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus, nesta quarta-feira (13), onde ele acabou sendo gravado comparando a advogada criminalista com uma cadela.
“Eu disse que os cachorros eram fiéis, eram leais. Levando em consideração a lealdade, eu não poderia fazer essa comparação dela com uma cadela, porque senão eu estaria ofendendo a cadela”, diz ele.
Nascimento foi denunciado ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
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