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PSDB vai expulsar deputado contrário à reforma da Previdência

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São Paulo – O PSDB decidiu tirar da comissão especial da reforma da Previdência o deputado Eduardo Barbosa (MG), que é contrário ao relatório que propõe novas regras de aposentadoria no país. Ele é membro titular da comissão e deve ser substituído por outro deputado tucano, favorável ao projeto, nesta quarta-feira (3).

O partido tem direito a três votos na comissão e estava sob pressão de ministros e líderes da base aliada do presidente Michel Temer para entregar todos a favor da reforma.

Os outros dois integrantes, Marcus Pestana (MG) e Giuseppe Vecci (GO), devem votar “sim”. Segundo a F o l h a apurou, o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), procurou os três parlamentares nos últimos dias para tentar garantir que eles votariam a favor do texto. Barbosa foi o único que permaneceu contrário à proposta. “Eu deixei o líder do partido à vontade. Se houver qualquer constrangimento, posso ser substituído”, disse Barbosa à reportagem. Para aprovar o relatório, o governo precisa ter 19 dos 37 votos da comissão. Articuladores do Palácio do Planalto estimam que há 23 deputados favoráveis ao texto, o que representa uma margem relativamente magra de vitória.

O presidente da comissão da reforma da Previdência, Carlos Marun (PMDB-MS), marcou a votação do relatório para a manhã desta quarta (3). Ele disse ter certeza de que o governo conseguirá aprovar o texto. Depois da aprovação na comissão, a proposta de reforma será levada ao plenário da Câmara, onde precisa de 308 votos para ser aprovada.

O governo sabe que ainda não tem o apoio desse número de deputados, o que levou o Planalto a rever o cronograma de votações. A ideia original era votar o texto no plenário na segunda semana de maio, mas já admite adiar essa votação em pelo menos três semanas. Agora, articuladores de Temer acreditam ser possível conseguir os 308 votos até a última semana de maio, possibilitando a votação em plenário na primeira semana de junho. Depois, a proposta ainda precisa ser votada no Senado, o que pode acontecer apenas no segundo semestre.

Com informações Folha de São Paulo.

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