MANAUS – A atriz, ativista feminista, viajante e artista circense Julieta Ines Hernandez Martinez, será sepultada na próxima sexta-feira (12), em Porto Ordaz, estado Bolívar, no sul da Venezuela. Era para lá que ela ia, quando foi atacada em Presidente Figueiredo. A vítima estava indo ao encontro da mãe, que lamentavelmente receberá a filha morta para realizar as despedidas.
Thiago Agles da Silva e Deliomara dos Anjos Santos estão presos pelo crime chocante cometido após ela ser atacada por eles no dia 23 de dezembro. Além de ser roubada, Julieta foi estuprada, queimada e teve o corpo enterrado em cova rasa.
De acordo com o delegado Valdinei Silva, titular da 37ª DIP, um morador localizou partes da bicicleta da vítima e acionou a polícia. Quando a equipe chegou ao local, Thiago tentou fugir, mas foi capturado. Ele e a esposa foram conduzidos à delegacia e entraram em contradição nos depoimentos, e assim confirmaram a autoria do crime.
Foi solicitado apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) com os cães farejadores que deram apoio às buscas e o corpo foi encontrado em uma cova no quintal do refúgio, além de outros pertences.
“A vítima estava dormindo em uma rede na varanda do local, quando Thiago pegou uma faca e foi até ela para roubar seu aparelho celular. Eles entraram em luta corporal, ele a enforcou, a jogou no chão e pediu que Deliomara amarrasse os pés dela. Em seguida, ele a arrastou para dentro da casa, pediu que a esposa apagasse as luzes e passou a abusar sexualmente da vítima”, detalhou o delegado.
Após a mulher dele presenciar o fato, jogou álcool em ambos e ateou fogo. Thiago conseguiu apagar o fogo com um pano molhado e foi até uma unidade hospitalar receber atendimentos médicos. Já a mulher, enforcou Julieta com uma corda e a enterrou no quintal.
A identificação do corpo foi realizada por meio do procedimento de necropapiloscopia, pelo Instituto de Identificação Aderson Conceição de Melo (IIACM) com apoio da equipe técnica do Instituto Médico Legal do Amazonas (IML).