Rio – O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, comentou nesta 6ª feira (25.jan.2019) a decisão de Jean Wyllys (Psol-RJ) de renunciar ao mandato de deputado federal e sair do Brasil alegando medo de sofrer atentado. “Não estou na chuteira do Jean Wyllys. Ele que sabe qual é o grau de confusão que ele está metido”, declarou Mourão após reunião com o presidente Jair Bolsonaro. As informações são do Poder 360.
O general evitou dar opinião sobre o político do Psol e se limitou a dizer que espera detalhes do caso: “Temos que aguardar quais são essas ameaças porque ele falou de forma genérica. Se ele está ameaçado tem de dizer por quem e como”.
Mourão adotou 1 tom diferente da família Bolsonaro – Jair, Carlos e Eduardo Bolsonaro comemoraram a saída do deputado no Twitter – e disse que quem ameaça 1 congressista está cometendo 1 crime contra a democracia.
“Uma das coisas mais importantes é ter liberdade para expressar sua opinião e os parlamentares estão eleitos pelo voto. Quer goste ou não, você ouve. Se gostou bate palma, se não, paciência”, afirmou.
O vice-presidente negou que o governo comemora a saída do deputado de oposição. “Vai assumir outro no lugar dele que deve ser do mesmo partido ou da mesma coligação”. David Miranda (Psol-RJ), que também é ativista LGBT, assumirá o mandato no lugar de Wyllys.
Nesta 6ª feira, o presidente Bolsonaro voltou a relacionar o Psol, partido de Jean Wyllys, com o atentado que sofreu no dia 6 de setembro de 2018 durante comício em Juiz de Fora (MG).
O general negou que haja relação entre o político do Psol e a facada na cidade mineira. “Não sei, porque em nenhum momento apareceu alguma coisa que ligasse 1 com outro. Acho que isso aí é wishful thinking – expressão que significa tomar os desejos por realidade -“.
Ao sair do Palácio do Planalto para almoçar, Mourão também falou sobre o jogo entre Flamengo e Botafogo que será realizado no sábado (25.jan): “[Flamengo] vai passar o rodo no fogão”.