Manaus- AM| “Quem, seja homem ou mulher, não gosta de ser assediado? Massageia o ego, mesmo que não se tenha interesse na pessoa que tomou a atitude”, afirmou o deputado estadual Jessé Lopes (PSL-SC).
Em post publicado no último sábado (11), o deputado criticou o movimento “Não é Não”, iniciado por mulheres durante o Carnaval 2018. Na ocasião, tatuagens com os dizeres foram distribuídas a fim de se propagar a ideia de um bloco sem assédio.
Jessé, no entanto, disse que as pautas atuais do movimento “tiram” direitos. “Parece até inveja de mulheres frustradas por não serem assediadas nem em frente a uma construção civil”, questiona.
Em entrevista à coluna NSC, na noite deste domingo (12), Jessé Lopes disse que fez as afirmações na rede social porque mulheres feministas dão “sentido errado e extremista” ao assédio.
O que o senhor mudou em relação à primeira postagem?
Uma das principais mudanças foi que coloquei o assédio entre aspas, “assédio”. Exatamente por me referir a ele com mesma conotação que muitas delas dão, de forma generalizada, para qualquer ato de investida do homem. Assédio, como crime, não acontece no carnaval…. é uma perseguição de dias, uma importunação da pessoa.
O senhor afirma “quem, seja homem ou mulher, não gosta de ser “assediado(a)”. Mas hoje temos o crime de importunação sexual previsto em lei. As críticas afirmam que seu posicionamento naturaliza um comportamento criminalizado. O que o senhor tem a dizer a respeito?
Eu coloquei entre aspas porque, como falei, muitas dentro do movimento dão o sentido errado e extremista do que é assédio.