BRASIL – | Nesta terça-feira (9), a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por 4 votos a 1, anular a investigação de suspeita de rachadinha no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ). O julgamento foi retomado após quase três semanas.
Os ministros acataram um recurso apresentado pela defesa do senador, que diz que o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha direito a foro privilegiado e o caso não poderia ser julgado por um juiz da primeira instância.
Votaram a favor os ministros João Otávio de Noronha, Reynaldo Soares da Fonseca, Ribeiro Dantas e Joel Ilan Paciornik. O relator, Félix Fischer, votou contra.
Pelo Ministério Público do Rio, Flávio foi denunciado por peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. O MP-RJ o acusa de desviar salários dos funcionários que trabalhavam no gabinete dele, na Assembleia Legislativa do estado.
Descoberta
O caso veio à tona quando um ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, no período em que ele foi deputado estadual no Rio, afirmou que entregava 80% do salário de R$ 7.326 que recebia para a advogada Ana Cristina Valle, então mulher do presidente Jair Bolsonaro. Outras 15 pessoas também são investigadas.