BRASÍLIA | O vice-presidente da CPI da Covid, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), acionou a polícia legislativa para retirar do auditório o deputado federal Reinhold Stephanes Júnior. Ele se retirou da sessão após ser repreendido, antes da chegada da polícia legislativa. Ao ser abordado por uma oficial, ele reagiu de maneira desrespeitosa.
O deputado estava no auditório da sessão da CPI, que ouve o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco, ex-assessor da área logística do Ministério da Saúde.
Junior tumultuou e criticou a oitiva. Após o incidente, Randolfe, que presidia a sessão, acionou a polícia legislativa para retirar o parlamentar do auditório.
“Essa presidência garantirá a todos os membros do Congresso Nacional o livre acesso a essa CPI. Entretanto, essa CPI não admitirá tentativa de tumultuar o trabalho ou, ao mesmo tempo, atos de provocação, atos de intimidação aos membros. Nesse sentido, nós comunicaremos ao presidente Arthur lira o ocorrido desta manhã por parte do deputado”, afirmou.
O vice-presidente da CPI disse, ainda, que se por possível e necessário, “uma eventual comunicação ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados”.
O parlamentar estava ao fundo do auditório, gravando um vídeo para suas redes sociais, no qual afirmava que a “CPI faz um mal ao Brasil”. Na saída do plenário, o deputado criticou Randolfe, afirmando que se tratava de uma “prepotência e arrogância”.
“Querem construir uma narrativa para prejudicar o presidente”, disse a jornalistas.
O deputado ainda desrespeitou jornalistas. Disse que um deles era “petista” por ele ter questionado o motivo de ter entrado no plenário. Após o episódio, Randolfe Rodrigues afirmou que o caso seria encaminhado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para as devidas providências.
“Vimos um ato de desrespeito a essa comissão do deputado Reinhold Stephanes Junior.
“Garantiremos a todos os parlamentares, sejam senadores ou deputados, o livre acesso à CPI. Entretanto essa CPI não admitirá tentativas de tumultuar o trabalho dessa comissão ou ao mesmo tempo atos de provocação, de intimidação aos membros da CPI”, disse.
“Comunicaremos ao deputado Arthur Lira o ocorrido desta manhã. Determino a secretaria que faça o devido comunicado e, se possível e necessário, um comunicado ao conselho de ética da Câmara”, completou.