MANAUS (AM) – Já está nas mãos da Justiça Federal o nome dos financiadores do acampamento bolsonarista que ficou mais de dois meses em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA), no bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. A Polícia Federal (PF) fez o levantamento e alguns possíveis nomes foram revelados nesta segunda-feira (30).
Os financiadores ajudaram com água, alimentos, bebidas, além de banheiros químicos e todo o suporte necessário. Um deles já havia sido identificado ainda no ano passado. Edilson Rufino, dono do supermercado Baratão da Carne, fez uma grande doação e um vídeo foi postado nas redes sociais.
Nele, uma “patriota” vai a uma das unidades buscar as doações e agradece. Só de frango foram 12 caixas, além de 10 fardos de refrigerante, 10 pacotes de calabresa e farinha.
Também foi identificado Ednei Rocha da Silva, empresário e dono das lojas Elshaday Variedade e da Planet Pet Shop, ambas localizadas no bairro Armando Mens, Zona leste de Manaus. Já Fabiano Moreira Magalhaes, Maria de Fátima Moreira e Sergiani Costa de Alcantara são donos da Tuboaços da Amazônia, além de Sardis Chaves Monteiro Junior e Ladilson Almeida Lima, da empresa Jumar Indústria Comércio e Serviços Metalúrgicos.
Durante sessão extraordinária no Senado, Omar Aziz (PSD) comentou, no último dia 9 de janeiro, que o ato pode ter contado com a leniência do então comandante do CMA do governo Bolsonaro, General Achiles Furlan. “O ano passado, eu denunciei aqui que comandante militar da Amazônia tinha cruzado os braços vendo aquela mixórdia, no Comando Militar da Amazônia, que é o símbolo de resistência das nossas fronteiras”, disse ele, na ocasião.
Os acampamentos bolsonaristas foram desmontados em todo país após os ataques aos prédios dos Três Poderes no dia 8 de janeiro. A decisão foi do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e a juiza federal de Manaus, Jaiza Fraxe, também determinou o desmonte do acampamento em frente ao CMA.