São Paulo – O salário mínimo no Brasil deveria ser de R$ 3.736,26, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
A instituição calcula que este é o valor suficiente para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas “com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência”.
O cálculo é feito todo mês com base no valor da mais cara, atualmente a de Brasília (R$ 444,74), seguida de São Paulo (R$ 444,11) e Florianópolis (R$ 441,06).
Os menores valores foram os de Natal (R$ 325,98), Maceió (R$ 342,55) e Rio Branco (R$ 342,66). 16 capitais tiveram alta e 11 tiveram baixa no mês.
O valor do salário mínimo necessário em março é mais alto do que o de fevereiro (R$ 3.725,01), porem mais baixo do que o de janeiro (R$ 3.795,24).
Ele representa 4,25 vezes o valor do salário mínimo vigente, que é de R$ 880. Em março do ano passado, o valor necessário para suprir todas as despesas básicas da família estava em R$ 3.186,92, ou 4 vezes o salário mínimo então em vigor (R$ 788).
A lei determina que o reajuste anual do salário mínimo tem como base a soma da variação do INPC (inflação para população de baixa renda) no ano anterior, acrescido da taxa de crescimento real do PIB dois anos antes.
Em um vídeo, o economista Carlos Eduardo Gonçalves explica quais seriam as consequências práticas se o salário mínimo “necessário” fosse estabelecido por lei:
“O que vai acontecer com a pessoa hoje empregada que ganha um salário baixo? (…) Você acha que elas vão continuar todas empregadas ganhando R$ 3.700 ou elas vão ser mandadas emboras porque a contribuição delas pro produto final da empresa não vale esses R$ 3.700?”.
Com informações Revista Exame.
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