EGITO | Pesquisadores do Egito abriram, neste fim de semana (3), um sarcófago de mais de 2.500 anos diante de um público formado por autoridades, empresários, funcionários, jornalistas e até crianças, que gravaram toda a ação.
Conforme os arqueólogos que trabalham nessa expedição desde 2018, os caixões foram revelados em agosto no sul do Cairo, capital do Egito. Eles foram encontrados em três poços de 12 metros junto com 28 estatuetas do deus Seker, relevante figura no ritual de morte.
O embaixador da Austrália no Egito, Glenn Miles,esteve presente no evento e gravou a abertura dos caixões e compartilhou as imagens na internet. “Privilegiado por assistir à abertura de um sarcófago recém-descoberto em uma antiga necrópole egípcia em Saqqara”, escreveu ele no Twitter.
A abertura do sarcófago despertou preocupação em centenas de pessoas, que questionaram se não era perigoso manusear, sem proteção, um objeto tão antigo, temendo haver a presença de fungos e bactérias. Mas estudiosos garantiram que esses pequenos seres vivos não sobrevivem por tanto tempo. Além dessa preocupação, um outro detalhe chamou atenção: os convidados presentes provocaram uma pequena aglomeração e muitos estavam sem máscaras de proteção, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus.
MORTES MISTERIOSAS APÓS ABERTURA DE TUMBA
Além disso, a cena relembrou a misteriosa morte de seis arqueólogos, após eles abrirem a tumba de Tutancâmon, em 1922. Um documentário na Netflix relata alguns depoimentos e os momentos que antecederam a morte dos pesquisadores.
Inicialmente, pensou-se que as bactérias contidas no material orgânico decomposto estariam por trás das mortes. Mas a explicação foi descartada por especialistas.
Segundo o documentário, pouco antes das mortes, os arqueólogos relataram sofrer pesadelos “muito reais” e ser assombrados pela múmia que eles “incomodaram”. Egípcios acreditam que quem interrompe o descanso eterno de um faraó poderá sofrer pragas e até mesmo a morte.