MANAUS-AM | Como parte das ações do programa “Saúde Amazonas”, lançado pelo governador Wilson Lima no dia 31 de agosto, o Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz inicia, neste mês de setembro, a retomada de atendimentos gerais com uma nova carta de serviços à população.
Após ser referência para pacientes com novo coronavírus (Covid-19), o hospital se tornará unidade de retaguarda e referência cirúrgica para a rede estadual de saúde, com o aumento na oferta gradual de consultas, exames e cirurgias.
“Com o ‘Saúde Amazonas’, estamos reorganizando toda a rede de assistência, e o Hospital Delphina Aziz é essencial nesse processo, essencial para que a gente possa diminuir as filas, que é a nossa prioridade maior, e melhorar o atendimento da população”, destacou o governador Wilson Lima.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) elaborou um plano de trabalho para a unidade, que deixará de ser porta aberta, a fim de reforçar o sistema de saúde e promover a redução das filas de espera. A abertura nos próximos dias do Hospital Delphina Aziz vai possibilitar a oferta de mais 12,5 mil consultas e 88,2 mil exames, já a partir de outubro.
O secretário titular da SES-AM, Marcellus Campêlo, destacou a importância que o hospital, que continuará atendendo pacientes com Covid-19, terá nesse novo momento.
“Nós estamos em um período em que os números da pandemia já mostram que nós podemos dividir o Delphina Aziz, mantendo uma ala específica de referência para o Covid. Porém, nós temos um potencial instalado muito grande no Delphina que vai servir de grande retaguarda para a rede de saúde da capital e do interior do estado”.
Durante o mês de setembro, o hospital vai funcionar com parte da capacidade para que, no mês seguinte, esteja com 100% dos serviços disponíveis. “Vamos utilizar o Delphina, a partir do mês de outubro, já na sua capacidade full (completa). Em setembro iniciamos um processo, porque vamos fazer uma transição, que hoje está exclusivo para Covid, para a divisão entre Covid e as cirurgias eletivas e o atendimento de retaguarda na rede”, disse.
Novas especialidades – O secretário executivo de Assistência da Capital, Thales Schincariol, destaca que o hospital será voltado para cirurgias como vascular (fístula), geral e urológica, além de outras especialidades. A unidade de saúde vai contar com 342 leitos, sendo 20 UTI adulto, 50 UTI adulto para pacientes com Covid-19 e 84 clínicos.
“A reabertura do Delphina está obedecendo às regras de necessidades de assistências especializadas. Até porque a gente tem que deixar uma reserva funcional para pacientes de Covid-19. Por mais que (os casos) tenham diminuído, manteremos alguns leitos de reserva para o caso de uma necessidade de subida no aumento da incidência da doença”, ressaltou Thales.
Consultas e exames – Em relação ao atendimento ambulatorial, serão atendidos pacientes regulados pela Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura) para especialidades como cardiologia geral e pediátrica, nefrologia geral, pneumologia geral e pediátrica, fisioterapia, nutrição e fonoaudiologia. Já no ambulatório cirúrgico, serão realizadas consultas para avaliação nas especialidades de cirurgia geral, urologia e vascular.
O Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico do Delphina Aziz irá contemplar cerca de 40 procedimentos, entre os quais estão exames radiológicos, diagnóstico por ultrassonografia, diagnóstico em cardiologia, terapias especializadas, eletrocardiograma, colonoscopia, esofagogastroduodenoscopia (EDA), ressonância magnética e tomografia.
Pediatria – Apesar de se tornar unidade de retaguarda hospitalar para adulto, o Hospital Delphina Aziz vai ofertar apoio diagnóstico de imagem e ambulatorial na área pediátrica.
A unidade será referência para os três Hospitais e Pronto-Socorros da Criança e para atendimento da fila de espera do sistema de regulação. Exames como ressonância por sedação, tomografia e consultas em especialidades como cardiologia, endocrinologia e neurologia serão realizados no Delphina Aziz, ampliando a rede de assistência infantojuvenil.
“Nós vamos ampliar essa carta de serviços para pediatria, oferecer mais serviços agora do que antes da pandemia para a pediatria”, detalhou Marcellus Campêlo.