BRASIL – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta quinta-feira (10), que se voltar à cadeira presidencial não haverá garimpo em terras indígenas. O comentário foi feito no Twitter, um dia depois da Câmara dos Deputados aprovar o requerimento para tramitação em regime de urgência do projeto de lei que autoriza a mineração em terras indígenas.
“Os índios não são intrusos, eles estavam aqui antes dos portugueses chegarem. Eles tem direito a vida digna e cuidarmos da Amazônia é mais importante que garimparem um pouco de ouro”, escreveu Lula no Twitter.
O projeto de lei foi apresentado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2020 e voltou a ser colocado como prioridade em meio aos conflitos do leste europeu.
A aprovação da urgência do projeto ocorreu no mesmo dia em que manifestantes se reuniram na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para protestar contra medidas legislativas que afrouxam as regras de proteção ambiental. Chamado pelos ativistas de “pacote da destruição”, o conjunto de projetos de lei alvo dos protestos inclui o PL nº 191/2020.
Autointitulado Ato em Defesa da Terra, o protesto reuniu 42 artistas contrários às proposições legislativas que tramitam no Congresso Nacional. Filiados e representantes de 230 organizações civis e movimentos sociais também estiveram presentes na manifestação, que tomou o gramado em frente à Praça da Bandeira, na área central da capital federal.