MANAUS – AM | O secretário de saúde Marcellus Campêlo, em entrevista ao jornal A Crítica, detalhou as ações que o governo do Estado tem tomado para evitar que não falte atendimento aos novos infectados.
Campêllo ressaltou a importância da população para ajudar a combater o avanço do vírus e defendeu o isolamento social. Ele recomendou que as pessoas fiquem em suas casas durante essa possível segunda onda de infecções.
Segundo ele, tudo indica que as novas infecções ocorrem principalmente desde o período eleitoral até a chegada das festas de final de ano, e só agora é que estão surgindo as consequências.
“Quando saíram do home office, essas pessoas saíram sem a proteção necessária. As diversas aglomerações em praias, flutuantes, casas de show e bares contribuíram para o crescimento. As convenções partidárias e campanhas eleitorais também causaram muitas aglomerações e casos confirmados. Nesse período o número de internações só aumentou”, declarou o secretário.
Ele teme que o colapso seja tão grande, que o Estado não consiga mais atender a todas as demandas.
“Com o número de internações que estamos, vai chegar um momento que o Estado não vai conseguir mais dar conta porque, inclusive, nós estamos concorrendo com outras patologias. Além do Covid que está crescendo muito as internações, nós temos outras causas externas, como acidente de trânsito”.
De acordo com o secretário, se a população continuar aglomerando, “sendo infectada e adoecendo, vai chegar uma hora em que o Estado não terá condições de atender a todos”.
Campêlo também falou sobre a vacina e sinalizou que a partir de fevereiro as primeiras doses começarão a ser distribuídas no Amazonas.
“O governo federal já sinalizou que no mês de janeiro pode vir um lote para o Estado. Estamos muito esperançosos com a vacina, apesar de sabermos que o lote é muito pequeno, mas pelo menos ele vai conseguir alcançar a faixa etária da população que mais está sofrendo com o coronavírus, que é a faixa etária de 60 anos, pois 74% dos que morrem pela Covid-19 são pessoas acima de 60 anos. Estes são os primeiros que devem receber a vacina”.