Formosa- DF| Um homem contratado como segurança, foi indiciado por matar o ex-marido de uma advogada que invadiu a casa dela, em Formosa, no Entorno do Distrito Federal. Uma câmera de segurança registrou toda ação.
Segundo a Polícia Civil, na atitude do segurança, houve excesso na legítima defesa e, por isto, ele deve responder por homicídio qualificado, por usar recurso que dificultou a defesa da vítima. Edson Mota Costa, o segurança, segue respondendo ao processo em liberdade.
O advogado dele, Bruno de Mello Matos Costa, afirma que a ação foi em legítima defesa e que o homem “agiu nos limites necessários para repelir a injusta agressão”. A polícia não acredita na versão.
“Houve um excesso. Foram encontrados 11 estojos de calibre 380, dos quais nove acertaram a vítima. Sendo que no segundo disparo a vítima já não tinha mais reação. Então, a legítima defesa seria até o primeiro ou segundo tiro”, disse o delegado Danilo Meneses, responsável pelo caso.
Edson não tinha nenhum registro para atuar como segurança, estava com arma sem registro e não tinha autorização para ter ou portar arma. O indiciado fugiu do local e não foi preso em flagrante. Dias depois, ele se apresentou à polícia e prestou depoimento.
O processo foi enviado ao Poder Judiciário na terça-feira (28). Agora, o Ministério Público vai analisar e definir se pede ou não a prisão do homem e se oferece denúncia.
Gernandy Carmo de Jesus Moura, de 34 anos, foi morto a tiros no dia 11 de janeiro. Ele invadiu a casa da ex-mulher, com quem foi casado por quatro anos e de quem estava separado há pouco mais de um mês. A advogada, que não quis ter o nome divulgado, disse a imprensa local, que o relacionamento entre eles sempre foi conturbado e vinha recebendo constantes ameaças.
Imagens mostram quando Gernandy abre o portão e, logo em seguida, aparece o homem contratado para fazer a segurança. Ele está armado e exige que o invasor saia. O homem sai da casa, mas volta momentos depois. O segurança informal aponta a arma para ele e chega a fazer um disparo para o alto como sinal de alerta. O ex-marido se ajoelha, coloca as mãos na cabeça, mas os dois seguem discutindo. Momentos depois, ele se levanta e caminha em direção ao homem armado e é baleado.
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