MANAUS (AM) – Sete policiais militares, cinco guardas municipais e 20 servidores do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb) foram enviados pela Prefeitura de Manaus, na manhã desta terça-feira (21), para a demolição de boxes de feirantes do conjunto Shangrilá, no bairro Parque 10, Zona Centro-Sul de Manaus. A situação gerou confusão e a demolição foi suspensa após não ser apresentado mandado judicial.
A feira fica num canteiro central na rua Alexandre Magno, entre as ruas Dom Diogo de Souza e Diomar Cunha, onde também há outros imóveis construídos e um posto de combustível. No entanto, o espaço seria público sob linhas de transmissão de energia.
Nesta terça-feira, a Prefeitura acionou a Amazonas Energia, que cortou o fornecimento dos feirantes, e iniciou o processo de demolição levando tratores e quatro caçambas. Os fiscais alegavam cumprimento de sentença judicial de janeiro de 2024.
Os feirantes, que estão na área há mais de 10 anos, se recusaram a sair do local e chamaram a Defensoria Pública do Estado do Amazonas. Segundo o defensor Carlos Almeida, o Implurb não poderia realizar a derrubada das estruturas sem ordem judicial, ainda mais por o processo ainda está tramitando na justiça, sendo o ato considerado uma ilegalidade.
Por volta das 10h30, após muito bate-boca com o defensor, os fiscais anunciaram que a medida havia sido suspensa e foram embora. A Defensoria ficou de responsabilizar criminalidade os fiscais por abuso de autoridade.