ESPÍRITO SANTO| Mãe de duas filhas, Michaella Mignone, de 30 anos, de Marataízes (ES) não tinha planos de ter mais filhos. Depois de ter Drika, de 11 anos, e Érika, 8, a funcionária pública tomava anticoncepcional injetável há anos e, em março até cogitou com o marido, o também funcionário público Diego Cordeiro, que ele fizesse vasectomia. O que ela não esperava era que nessa época, ela já estava grávida há sete meses.
Michaella só foi descobrir que estava grávida no dia 18 de maio, quando começou a parir no meio da sala de sua própria casa. Ao longo dos nove meses da gestação desconhecida não teve sintomas que a fizessem desconfiar de uma gravidez, como enjoos, náuseas e desejos. E nem viu sua barriga crescer.
Um dia antes do parto, Michaella lembra que estava no sítio com os pais. Passou um fim de semana agitado, com diversos afazeres domésticos. Durante a noite, já em sua casa, a funcionária pública sentiu um desconforto abdominal e procurou uma unidade de saúde. Lá, um médico disse que ela deveria passar por uma cirurgia de emergência para retirar uma suposta hérnia (que seria a pequena Cecília).
Na manhã seguinte, Michaella passou mal novamente. Ao acordar, conta que sentiu dores no corpo e pediu para o marido levá-la ao hospital de novo. Mas a dor era tanta que Michaella não conseguiu chegar até o carro que estava na garagem.
“Eu senti uma dor forte, me deitei no sofá e falei: ‘Diego, acho que estou parindo’. Ele ainda riu e disse que não era possível. Mas eu estava com a mesma sensação de quando minhas duas outras filhas nasceram”, conta.
“Foi tudo muito rápido, não demorou nem meia hora. Quando vimos que realmente eu estava em trabalho de parto e a bebê nasceu, pedi para o meu marido colocar ela de lado para não sufocar. E, nisso, ela chorou. A gente não sabia nem o sexo da criança, foi um susto enorme”, conta Michaella.
Cecília nasceu com 50 centímetros e pesando três quilos. A bebê passou por diversos exames e estava saudável.