São Paulo – Notabilizada como uma das mais aguerridas defensoras de Dilma Rousseff durante o processo de impeachment, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) agora volta aos holofotes após encampar a candidatura de uma jovem de 21 anos que ficou famosa por gravar vídeo alardeando uma festa regada a drogas e a bebidas alcoólicas em sua casa. Senhorita Andreza, candidata a vereadora de Belém (PA) pelo PCdoB, foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) no dia 11 de julho a três anos e quatro meses reclusão, em regime aberto, por causa da gravação.
Na filmagem, ela faz um convite para “beber um chopp, cheirar uma coca na manha, sem embaçamento”. Ignorando o episódio, Vanessa Grazziotin gravou um vídeo abraçada com a candidata em que a chama de “jovem talentosa”. E descarrega elogios:
“Eu já sabia de você antes de conhecê-la, senhorita Andreza, do sucesso que você faz”. No programa partidário, a senadora ainda diz não ter dúvidas de que Andreza será uma “grande vereadora” e uma “representante da juventude, das mulheres, dos trabalhadores, dos estudantes”.
Assista:
A participação de Grazziotin provocou imediata reação nas redes sociais. Em sua página no Facebook, a senadora é alvo de ironias: “Não tinha mais ninguém pra você apoiar, né? Um candidato normal, decente, honesto, sem folha corrida na polícia em toda Belém!”, escreveu um seguidor. Em nota, a senadora afirmou que o PCdoB apoia Senhorita Andreza “pela sua força, determinação e porque ela representa a realidade de dificuldades dos jovens das periferias, sem oportunidades e que tentam sobreviver em uma sociedade de preconceitos, em muitos casos, extremamente excludente”.
Na eleição de 2012, quando era candidata a prefeita, Grazziotin se envolveu em outro caso controverso: ela anunciou ter sido atingida por um ovo ao chegar a uma emissora de televisão para participar de um debate. A candidata chegou a ingressar com uma ação no Tribunal Regional Eleitoral contra seu adversário Artur Neto (PSDB). No entanto, diante da falta de provas, o caso acabou arquivado sem identificação do autor da suposta agressão – fala-se que o ovo, na verdade, era uma cusparada. O caso acabou conhecido como “a farsa do ovo”.
Com informações Veja.