MANAUS – A Polícia Civil do Amazonas pode ter colocado as mãos em um serial killer de garotas de programa. É o que os investigadores apuram desde esta quarta-feira (20), depois de prenderem o militar do Exército Madson de Oliveira, 21 anos. Ele é suspeito de matar duas garotas de programa em sete dias em Manaus.
No dia 26 de fevereiro, o militar teria confessado ter assassinado a garota de programa Angélica Oliveira Nascimento, de 31 anos, no bairro Flores. zona centro-sul de Manaus. Logo depois, no dia 4 de março, ele teria matado Fabiane Mendes da Silva, de 20 anos, no Terra Nova, Zona Norte.
A segunda vítima ainda fez contato com o irmão, pedindo preservativos para atender Madson em casa, onde foi asfixiada sem chance de defesa.
Esganadas e nuas
Tanto Angélica, quanto Fabiane, foram mortas por esganadura, estavam nuas e em cima da cama. A polícia suspeita que elas foram mortas após realizarem os desejos sexuais do suspeito.
Mostrando frieza, ele teria confessado os crimes ontem, após ser preso perto do quartel do Exército, no São Jorge, zona Oeste de Manaus, onde fica o 1º Batalhão de Infantaria de Selva (1º BIS).
O cabo seguiu a rotina militar normalmente após os crimes, mas a polícia contou com a colaboração dos militares para fechar o cerco e prender Madson.
A PC dará uma coletiva de imprensa ainda hoje para falar mais sobre o caso.
Serial Killer
Não há uma consolidada definição de serial killer. Tanto a descrição do FBI quanto a da Agencia Nacional de Justiça dos Estados Unidos – as quais as autoridades afirmam serem as mais precisas – são fortemente criticadas. Apesar de haver citações anteriores, a criação do termo é associada ao ex-agente do FBI, Robert Ressler. Juntos, Ressler e John Douglas, seu colega de trabalho e também agente da Unidade de Ciência Comportamental do FBI, resolveram entrevistar criminosos violentos autores de crimes mórbidos, como assassinos e estupradores. No decorrer da pesquisa, Ressler percebeu similitudes entre os entrevistados e, então, começou a classificá-los.
A partir deste momento, se fez mister um termo para a definição daqueles indivíduos que cometiam um assassinato após o outro de modo gradual, até que fossem presos ou mortos. Foi então que Ressler, em uma viagem que fora participar de uma conferência na academia britânica de polícia, ouviu o termo “serial killer“. Achou este tão fascinante que começou a utilizá-lo para denominar o que até então chamavam de assassinos sequenciais.
A nomenclatura se adequou à definição dos assassinos e se popularizou tão bem que, hoje em dia, pessoas de idiomas estrangeiros ao dos Estados Unidos, mesmo sabendo a tradução das palavras, preferem pronunciar o termo norte-americano.
Diferente do assassino convencional, que comete crimes por motivos financeiros, pessoais com a vítima ou por entretenimento, o serial killer é um indivíduo com limitações sentimentais que mata em decorrência de seus impulsos sexuais, os quais raramente fenecem ao longo do tempo. Em um estudo chamado de “escala de maldade”, realizado pelo Dr. Michael H. Stone, psiquiatra americano e professor de psiquiatria na Universidade da Columbia, em Nova York, serial killers, em sua maioria, são diagnosticados como psicopatas – cerca de 86,5%, para ser mais preciso.