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    Categories: Política

Servidores barram entrada de ministro da Transparência e exigem sua demissão

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São Paulo – O ministro da Transparência, Fiscalização e Controle, Fabiano Silveira, começou a segunda-feira com o pé esquerdo depois de ter suas conversas com Renan Calheiros reveladas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Um grupo de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) impediu a entrada do ministro no seu gabinete.

O carro foi cercado por manifestantes assim que chegou à sede da CGU. O ministro não conseguiu estacionar o carro e deixou o local.

Logo em seguida, os servidores lavaram a fachada do prédio da Controladoria. Durante toda a manhã, os servidores promoveram uma limpeza nos andares. Há pouco, gritando “Fora, Fabiano”, o grupo entrou no nono andar do prédio – onde fica a sala do ministro – e jogou água com sabão pelos corredores.

Representantes da CGU em 22 estados brasileiros anunciaram que vão deixar seus cargos caso o ministro não seja desonerado do cargo. Em nota, o Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon) exige a saída de Fabiano Silveira.

“O Sr. Fabiano Martins Silveira, ao participar de reuniões escusas para aconselhar investigados na operação Lava Jato, bem como ao fazer gestões junto a autoridades e órgãos públicos a fim de apurar denúncias contra seus aliados políticos ‘demonstrou não preencher os requisitos de conduta necessários para estar à frente de um órgão que zela pela transparência pública e pelo combate à corrupção’”

Além de cobrar a exoneração imediata de Fabiano Silveira, o sindicato quer a revogação da medida provisória assinada pelo presidente interino Michel Temer que criou o Ministério da Transparência, alterando a estrutura da CGU.

O diálogo entre Fabiano Silveira e Renan Calheiros foi gravado na residência oficial do Senado em 24 de fevereiro, quando o atual ministro era conselho do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) – indicado pelo senador peemedebista. O ministro também fez recomendações a Machado sobre como ele deveria se comportar diante de uma medida cautelar.

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