MANAUS (AM) – Reforçando o combate à criminalidade, o Governo do Estado adquiriu, em 2022, armas de fabricação italiana para renovar o arsenal utilizado por policiais militares e civis do Amazonas. Sete mil armas do modelo já chegaram ao estado e as forças de segurança treinam os efetivos para a maior eficiência no manuseio das pistolas, que vão ser empregadas no trabalho diário nas ruas.
As pistolas 9 milímetros, da marca Beretta, vêm substituindo as armas PT40, trazendo mais facilidade no manuseio e aumentando a confiança do policial durante as ocorrências.
Conforme a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), dois lotes de armamento já chegaram ao Amazonas, desde março deste ano. Eles totalizam 7.010 novas armas. Outro carregamento com 3.800 novas pistolas deve ser entregue ainda este ano, como parte dos investimentos do programa Amazonas Mais Seguro, lançado pelo governador Wilson Lima.
O secretário de Segurança Pública, general Carlos Alberto Mansur, destacou a importância da mudança e explicou que as armas foram adquiridas com recursos do Fundo Estadual de Segurança Pública (FESP-AM) para trazer melhores condições aos policiais.
“Essas pistolas estão sendo distribuídas para a Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros e para o nosso Departamento de Polícia Técnico Científica. Isso aí também são aquisições que estamos fazendo para dar ainda mais segurança ao nosso policial, para que ele possa trabalhar em melhores condições, para que ele possa ir para a rua com toda a segurança necessária de cumprir o seu papel que é servir e proteger a sociedade amazonense”, afirmou Mansur.
Armamento
As pistolas 9 milímetros são da fábrica italiana de armas de fogo Beretta, que atua no mercado há mais de 500 anos. Grupos como o Exército dos Estados Unidos utilizaram a pistola como arma de serviço, que passou a ser oferecida como arma de uso policial.
Para manuseá-la, os policiais têm recebido treinamento no Centro de Treinamento de Tiro Policial (CTTP), na zona norte de Manaus. No espaço reservado para as aulas, os instrutores repassam informações teóricas e instruções práticas para o uso da nova arma.
O instrutor do CTTP, capitão Luciano Marques, afirma que a nova arma é uma evolução ao que era utilizado pelos policiais. Entre as vantagens, destaca que a Beretta pode reservar mais munições e apresenta maior facilidade no uso.
“Marca também a mudança de paradigma porque o calibre de 9 milímetros parabellum saindo do 40 smith wesson (PT40), que é o que a gente já usava há pelo menos uma década e meia. Ela marca uma evolução tanto no calibre, mais dinâmico, e utilizado no mundo inteiro, quanto a gente ganha com uma ergonomia melhor, uma arma mais resistente, com maior capacidade de disparos e com a facilidade maior para o operador empregar esse armamento”, explicou.
No treinamento, Marques acrescenta que avaliação é majoritariamente positiva por parte dos servidores.
“A maior parte dos policiais estranha um pouco no começo, a mudança do mecanismo especialmente porque são acostumados com o cão externo instalado na arma e esse não tem, mas depois daqui saem confiantes para empregar esse armamento no dia a dia”, disse.
O capitão Laio Pontes, do Grupamento de Manejo de Artefatos Explosivos (Marte), afirma que o contato com a nova pistola é diferente, mas traz maior confiança.
“Nós tivemos um primeiro contato com esse armamento e agora foi percebido nesses primeiros disparos, nas instruções teóricas e práticas que é um armamento que passa maior confiança para o policial para ele poder empregar diariamente. São mecanismos diferentes e que trazem segurança, mais robustez no manuseio da arma”.