MANAUS – AM | O deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), presidente da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara, criticou a decisão de realizarem um aborto legal na criança de 10 anos, que engravidou após ser estuprada pelo próprio tio.
Silas defendeu que essa discussão deveria visar não só o crime de estupro, mas também o aborto. “Se esperasse mais semanas, teria condições de ter se salvo uma vida [a do feto], porque a criança estaria em perfeita situação para, em uma cirurgia de cesariana, ter sobrevivido”, declarou ele.
O aborto, porém, foi realizado de forma legal, após autorização da Justiça, levando em conta a vontade da criança violentada, que não quis dar continuidade à gestação. É direito constitucional de qualquer mulher realizar um aborto em casos de gravidez decorrente de estupro. Dessa forma, a interrupção da gravidez na menina de 10 anos estava dentro da lei e era um direito dela.
Ativistas “pró-vida” se reuniram na frente da maternidade, protestando contra a realização do procedimento, ao invés de luatrem pela prisão do estuprador.