MANAUS (AM) – Aos gritos de “assassino”, Fabrício dos Santos Gonçalves, de 42 anos, saiu da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) rindo após ser preso como mandante do assassinato do sócio, o professor de jiu-jitsu James Nascimento Mota, de 49 anos. Segundo a polícia, ele tinha uma dívida de R$ 300 mil referente a negócios com venda de ouro com a vítima, e se comprometeu a lhe pagar R$ 5 mil por dia, mas se desesperou ao ver que não teria como fazer isso e planejou o crime.
“Fabrício, que trabalhava com ouro, devia cerca de R$ 300 mil a James. Foi verificado que Fabrício se comprometeu a pagar um valor diário de R$ 5 mil como lucro desse investimento para a vítima, algo que ele claramente não tinha como sustentar a longo prazo, pois não há qualquer negócio que possa gerar um lucro tão exorbitante em cima do montante de 300 mil reais”, relatou a delegada Marília Campello, adjunta da DEHS.
Além dele, foram presos Antônio Ricardo Gomes de Sá, de 36 anos, Carlos Inácio Ferreira de Souza, de 35 anos, e Kauã Iago Santos das Neves, de 19 anos, que foi o pistoleiro. A vítima foi morta com disparos de arma de fogo no dia 8 de março deste ano, na rua 5 de Setembro, bairro São Raimundo, Zona Oeste de Manaus, quando chegava na academia.
“Infelizmente, é um crime que choca pela motivação e pelos envolvidos. Em depoimento, o executor relatou que recebeu R$ 5 mil como pagamento, sendo R$ 1 mil via Pix e os outros R$ 4 mil em espécie, valor prometido por Carlos Inácio e Fabrício”, comentou a delegada.
Kauã Iago, o executor, não conhecia a vítima e aceitou a proposta pelo dinheiro, o que qualifica sua ação como torpe. O quarto indivíduo envolvido é Antônio Ricardo, responsável por pegar a motocicleta utilizada no crime oito dias antes em uma oficina no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste, e entregá-la para outra pessoa, que por sua vez entregou ao executor. Ele inclusive era aluno da academia.
“Com o avançar das investigações, conseguimos localizar as carcaças da motocicleta no bairro Colônia Antônio Aleixo, zona leste, durante a operação de prisão dos envolvidos e busca e apreensão”, finalizou.
O quarteto responderá por homicídio qualificado por motivo torpe e meio que impossibilita a defesa da vítima. Eles passarão por audiência de custódia e ficarão à disposição da Justiça.
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