Solange Almeida revelou que está com lesões nas cordas vocais e nos pulmões devido ao vício em cigarro eletrônico. A revelação foi feita durante entrevista neste domingo (15), no “Domingo Espetacular” da Record TV.
Segundo a cantora, ela conheceu o chamado ‘vape’ e começou a fumar por influência dos amigos.
“Fui usuária durante oito, nove meses. Aquela coisa de ver amigos usando. Eu nunca tinha usado”, admitiu. “[Eles falavam]: ‘Não, Sol, não tem problema. Isso aqui é água, é feito à base de água, não tem nicotina’”, recordou a ex-Aviões do Forró.
Contudo, com o passar do tempo ela começou a sentir as consequências do uso do aparelho que foi supostamente criado para ser menos agressivo do que o cigarro de nicotina.
“Eu comecei a sentir dificuldades para respirar, a minha voz já não saía direito, já não era mais a mesma. Foi quando eu fiz o exame aprofundado, e descobri que eu estava com uma lesão nas cordas vocais e mais ainda no pulmão”, explicou ela.
Em outra entrevista ela já havia confessado que estava viciada em cigarros eletrônicos, e que por isso precisou dar uma pausa na carreira por conta disso. Segundo ela, sua dependência ao dispositivo intensificou-se durante a pandemia.
“Eu perdi toda a vontade do mundo de cantar. Comecei a ficar com a mucosa ressecada, dificuldade para cantar e para respirar”, relatou Sol. O hábito evoluiu para o vício muito rapidamente. “Eu esperava meu marido dormir para fazer uso do cigarro. Acordava cedo e ia para padaria, já tinha um cigarro no meu carro. A coisa estava fugindo completamente do meu controle”, recordou.
Solange disse ainda que sentia vergonha de admitir o vício. “E tinha que ficar tudo em off porque não queria que as pessoas soubessem”, afirmou. “Vi aquela coisa bonita, que chama atenção. O odor, o sabor, tudo nele é atrativo”, observou.
A artista disse que chegou a fazer uso de cerca de 15 cigarros eletrônicos por mês, e que o uso lhe causou crises de pânico, ansiedade e depressão.
Agora a cantora faz tratamento de fonoterapia para se recuperar.
Diante de tantos disfarces, com cheiros e aromas, muita gente nem imagina que o cigarro eletrônico é um produto nocivo à saúde, assim como o cigarro convencional. Muitos jovens pelo mundo têm aderido a essa nova moda sem saber os perigos que esses produtos oferecem. Uma delas é a dependência química, provocada pelos produtos que contêm nicotina. Sim, os dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) também podem ser fontes dessa substância, assim como os cigarros tradicionais e tantos outros produtos derivados do tabaco. O resultado só pode ser o vício.
Segundo Andrea Reis, chefe da Divisão de Controle do Tabagismo do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a nicotina é uma substância presente nas folhas de tabaco, principal substância ligada ao tabagismo. Por ser psicoativa, ela produz alterações no Sistema Nervoso Central (SNC) que modificam o estado emocional e comportamental do fumante.
Nesse sentido, elas provocam o aumento e a liberação de neurotransmissores relacionados a sensação de prazer, satisfação e aumento da motivação. É exatamente por isso que ela é responsável pela dependência química, sendo também capaz de tornar um usuário dependente do ponto de vista psicológico e comportamental.
*Com informações do Ministério da Saúde*