MANAUS – A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) formalizou ao ministro Alexandre de Moraes que o Comando Militar da Amazônia (CMA) ignorou as ordens do STF e não ajudou a retirar os bolsonaristas da porta do quartel na Ponta Negra. E mais: ainda abriu as portas para que eles guardassem seus objetos no dia 9 ao dia 11 de janeiro.

O relatório é assinado por um militar, o general Mansur, que é o titular da SSP, e também é assinado pela  Procuradoria-Geral do Estados. A ajuda do Exército ocorreu no período em que todo o Brasil se perguntava como os bolsonaristas tiveram a ousadia de invadir e quebrar os prédios do Três Poderes, e depois que Moraes mandou acabar com todos os acampamentos.

“Faz-se necessário destacar que não houve qualquer auxílio das Forças Armadas à Polícia Militar do Amazonas para cumprimento da missão, não obstante as manifestações estivessem ocorrendo às portas do Comando Militar da Amazônia, razão pela qual a PM foi obrigada a atuar apenas com seus próprios recursos militares”, afirma trecho do documento da SSP.

Já o CMA rebate e diz que abrigou os pertences dos bolsonaristas na maior das boas intenções. . “Esta [armazenagem] ocorreu como parte das negociações para que os manifestantes não mais retornassem ao acampamento, medida tomada em auxílio à Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) para o efetivo cumprimento da medida judicial”, disse em nota o CMA.