MANAUS – AM | Após a eleição do deputado Roberto Cidade para presidir a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), começaram a surgir especulações de quem estaria por trás dos 16 deputados que decidiram votar no deputado e quais seriam suas reais pretensões. O plano do suposto mentor seria controlar todas instituições com alcance e poder político em todo Estado.
O primeiro objetivo seria conquistar a presidência da ALE-AM, o quejá foi garantido. O alvo seguinte foi a Associação Amazonense de Municípios (AAM). No dia dia 11 de dezembro, o mesmo modus operandi foi executado na entidade. Desrespeito às regras do jogo para eleger o candidato do lîder/mentor da trama, que não resiste mais uma eleição longo do Palácio da Compensa.
Mesmo sem reunir a maioria dos prefeitos, dos 61 que compõem a AAM, elegeram o prefeito de Manaquiri, Jair Souto, do MDB.
Pela “inobservância de vários artigos do estatuto” da entidade, a eleição-relâmpago, da mesma forma como foi na ALE-AM, o juiz Manoel Amaro de Lima suspendeu a eleição para a nova presidência da Associação de Municípios.
Por ter sido obediente às regras ditadas pelo mentor político oculto, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Josué Neto, que aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição do Estado para antecipar as eleições e eleger Roberto Cidade o novo presidente da Casa, Josué deve ser eleito pelo grupo para uma vaga vitalícia no Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O plano é antecipar a escolha para esta semana, quem sabe para esta quarta-feira, dia 16 de dezembro, à tarde, a penúltima sessão do ano antes do recesso parlamentar. E Josué quer ganhar o cargo vitalício, com um dos maiores salários do serviço público estadual, na vaga do próprio pai, que se aposenta do TCE em abril de 2021 pelo limite de idade, de 75 anos, imposto pela legislação federal.
TABULEIRO
Roberto Cidade, presidente que assume o comando da ALE em 2021, é sobrinho de Orlando Cidade, empresário com origens em Manacapuru, e que também já exerceu o cargo de deputado estadual.
Em governos passados, Orlando Cidade gozou de muitos contratos com o Governo, em especial na gestão do mentor político do “grupo dos aloprados” da ALE e da AAM.
Josué Neto e família sempre foram ligados aos governadores da ocasião. O pai, inclusive, Josué Filho, foi alçado ao TCE por esse mesmo mentor político, o jogador oculto que mexe atualmente as peças do tabuleiro com fome de poder, de olho em 2022.