RIO PRETO DA EVA (AM) – Após megaevento de celebração do 40º Aniversário do município de Rio Preto da Eva, no dia 3 de abril, que contou com shows nacionais de artistas de grande porte, o Ministério Público de Contas (MPC) entrou com representação no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) pedindo a suspensão do pagamento ao cantor Wesley Safadão. Só o cachê dele foi R$ 650 mil.
De acordo com a procuradora de Contas Elissandra Monteiro Freire Alvares, o MPC solicitou ao prefeito Anderson Sousa (MDB) documentos ligados ao contrato do show de Safadão, porém o prefeito teria omitido as respostas ao órgão.
No pedido, a procuradora também questiona o alto valor de um único show. Além de Wesley Safadão, houve shows de outros artistas nacionais, como Israel Novaes e Léo Magalhães, que também possuem um cachê alto, mas ainda inferior ao de Safadão. Para Elissandra, o valor de um único espetáculo contrapõe aos baixos índices educacionais, sociais e econômicos da cidade.
“Não se podem fechar os olhos para o dispêndio de recursos públicos no valor de mais de meio milhão de reais empregados na realização de um único show, qual seja, o do cantor Wesley Safadão. Além disso, as peças publicitárias indicam a participação de outros artistas nacionais, como Israel Novaes e Léo Magalhães, desconsiderando o atual cenário do município, que apresenta baixos indicadores educacionais, sociais e econômicos”, ressaltou Elissandra.
O MPC apontou, ainda, que o município de Rio Preto da Eva apresenta apenas 5,9% da população ocupada; 44% da população aufere renda mensal de até 1/2 salário mínimo; e 95,6% das receitas são oriundas de fontes externas. Dessa forma, a geração de riqueza beira a insignificância.