BELO HORIZONTE – MG | Um homem se masturbou e fez gestos obscenos a uma trabalhadora de 46 anos no bairro Palmares, região Nordeste de Belo Horizonte, no último dia 20. Câmaras de segurança flagraram o momento em que o homem tira sua genitália para fora da calça e inicia o ato. A Polícia Civil informou que instaurou procedimento para apurar os fatos.
As informações são do BHAZ.
Em entrevista ao site, a trabalhadora que terá sua identidade preservada conta que estava terminando de varrer a calçada, próximo das 9h. “Não vi ninguém na rua, estava bem deserto. Às vezes passam algumas pessoas fazendo caminhada, mas quase não tem movimento. Policiamento tem pouco, nos três meses que trabalho lá, vi umas duas vezes. Acabei de varrer a entrei”, explica.
A mulher conta que foi preparar alguns produtos para limpar a garagem e percebeu a presença do homem do lado de fora do portão. “Esse sujeito passou na rua, aí depois ele voltou. Ele ficou parado na entrada do portão do prédio. Na hora eu nem percebi nada, porque sempre chega gente para fazer entregas. Achei que ele iria interfonar para alguém, ainda mais que estava com um envelope nas mãos”, lembra.
A trabalhadora estava enchendo um balde de água quando percebeu algo diferente. “Vi um movimento estranho lá fora. Quando percebi, ele estava se masturbando olhando para mim e lambendo os lábios. Eu estava sozinha lá embaixo, no hall. Fiquei com medo que ele pudesse entrar, mesmo com o portão fechado”.
A reação da mulher foi de desespero e incredulidade. “Comecei a gritar. Chamei ele de safado, tarado, pedi que alguém viesse ajudar”, lembra. A vítima ainda conta que ele correu na direção contrária da que estava indo.
Quando ela percebeu que o homem havia se distanciado, resolveu abrir o portão. “Abri com muito medo. Chamei o síndico para me apoiar e liguei para o meu encarregado, que também compareceu. Logo depois acionamos a polícia”.
Abalada, a mulher conta que agora vive com medo, principalmente por voltar sozinha para casa, após sofrer com o crime de importunação sexual. “Eu estava trêmula, com medo, chorando, insegura. Ainda estou assim. Meus filhos me trazem para o trabalho, mas preciso voltar sozinha. Estou traumatizada. A gente vê essas coisas pela televisão, mas não imaginamos que pode acontecer com a gente”, desabafa. “O quartinho de limpeza fica logo na entrada, meu medo era ele entrar e me estuprar”.
A vítima completa dizendo que resolver contar o episódio para alertar outras mulheres. “São muitas que trabalham por aqui, que precisam ir de um prédio para o outro. Eu estava de uniforme, não vestia nada sensual, não tinha nada, nada mesmo que pudesse provocar essa reação desse homem. A gente [mulheres] vive sempre com medo”, completa.