ACRE | Rose Costa, técnica do time feminino do Rio Branco-AC, pediu demissão do clube após a notícia que o goleiro Bruno Fernandes havia sido contratado para fazer parte da equipe. Revoltada, Rose diz que sua ética profissional a impediu de compactuar com a decisão do reforço.
“Soube que o o presidente havia fechado negócio com o Bruno por meio da imprensa, acredita? Mesmo com apelo – tanto de torcedores como de funcionários do clube – não houve como negociar”, disse ela em entrevista ao UOL.
Pelo Instagram do clube, o presidente Neto Alencar classificou a negociação como uma das “maiores da história”. Foi quando Rose, imediatamente, tomou a decisão de se desligar do time.
Bruno foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado da ex-companheira, Eliza Samudio, e cumpre pena no regime semiaberto domiciliar em Varginha (MG).
Mesmo sendo a favor da ressocialização, Rose condena a decisão do presidente do Rio Branco. “Eu não acredito que a justiça tenha sido feita. Acho, sim, que a ressocialização é importante, mas, será que em sete anos de prisão ele não teve tempo de aprender outro tipo de trabalho?”, indagou ela.
Apesar de perder a única fonte de renda em meio a uma pandemia, Rose garante que não houve outra opção que não se desconectar do time. Ela também se solidariza com a família de Eliza.
“Não posso manchar minha história no esporte, até porque, eu sempre digo: nunca será só futebol. É solidariedade e sororidade, também, muito além da prática esportiva. Tenho obrigação de ser um exemplo para as minhas atletas, e esse é o melhor exemplo que posso dar”, declarou Rose