Maringá – PR| Um trote feito na tarde de segunda-feira, 27, ao Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), fez com que o helicóptero do serviço voasse de Maringá, no norte do Paraná, para Paranacity, na região noroeste, que ficam distantes 85 km, sem necessidade. De acordo com a coordenação regional do Samu, o custo de uma hora de operacionalização da aeronave é de R$ 15 mil.
Na ligação, a pessoa relatava que tinha ocorrido um acidente de moto em Paranacity e que o motociclista estava em estado grave.
O médico que atendia a ocorrência fez várias questionamentos e, conforme a coordenação regional, como a ambulância mais próxima da cidade estava em outro atendimento, o apoio aéreo foi acionado. Quando os socorristas chegaram ao local indicado, não existia nenhum acidente.
Um adolescente, de 13 anos, e uma criança, de 11 anos, foram apontados pelo Samu como responsáveis pela ligação. Os dois garotos se arrependeram quando perceberam a mobilização e contaram para a mãe de um deles. Assim que ficou sabendo, a mulher ligou e avisou a polícia.
O médico socorrista que foi até a suposta ocorrência registrou um Boletim de Ocorrência.
“Essa irresponsabilidade poderia ter atrapalhado outro atendimento. Poderíamos ter deixado de atender outras vítimas. Os pais precisam educar os filhos quando e como ligar para o Samu”, explicou o coordenador regional Márcio Ronaldo Gonçalves.
Conforme a Coordenação Regional do Samu em Maringá, em 2019 o serviço recebeu 25 trotes. Em 2018 foram 40.