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Uso de cápsulas produzidas pela Samel são proibidas pelo governo de Pernambuco

Foto: Foto: Divulgação/Samel

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RECIFE – PE | O Governo de Pernambuco suspendeu na última segunda-feira, 4, o uso da “Cápsula Vanessa”, equipamento de ventilação não invasiva usada para tratamento de pacientes com Covid-19, desenvolvido pela Samel em parceria com o Instituo Transire.

Após uma denúncia dos próprios profissionais de saúde, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que o equipamento não seria mais utilizado.

A denúncia alega que os pacientes estariam morrendo após impedidos de serem transferidos para a UTI, e até mesmo de serem intubados, por causa da cápsula. A profissional de saúde diz, também, que a direção estaria coagindo as equipes de enfermagem a não seguir as recomendações dos médicos.

No início da pandemia, alguns grupos médicos já haviam criticado o uso das cápsulas de proteção, câmaras, tendas e boxes como equipamentos de proteção no atendimento às vítimas do novo coronavírus.

Uma nota técnica assinada pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) chegou a afirmar que profissionais da saúde podem ter ainda um maior risco de infecção pelo novo coronavírus ao utilizaram as cápsulas. 

“A caixa acrílica precisaria ser descontaminada por meio da autoclave, o que poderia danificar permanentemente o material do dispositivo. Como não há a possibilidade da descontaminação pelo processo mais seguro, há o risco de grande aglomeração de patógenos que podem contaminar pacientes e profissionais”, disse a nota.

Em outro trecho do texto, os grupos médicos citam a possibilidade da cápsula ser feita de plástico, para que assim se tornasse descartável. No entanto, lembram que não há evidências de que esse material (plástico) seria uma opção segura a ser utilizada.

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) também se manifestou e afirmou que “tomou ciência desta situação na UPA Imbiribeira, na madrugada deste domingo (03/05/2020) e notificou a unidade com um indicativo de interdição ética. A notificação solicita explicações da direção técnica do estabelecimento de saúde, no prazo de 24h”, diz a nota.

Expressoam:

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