MANAUS (AM) – Alvo da operação Entulho em junho deste ano, quando nove pessoas da Tumpex foram presas por lavagem de dinheiro e operações fraudulentas, a empresa volta a ser alvo de um escândalo maior. Vídeos mostram Carlos Seiss, um dos diretores, tendo relações sexuais com menores aprendizes e funcionárias dentro das dependências da concessionária de coleta de lixo.
As imagens são muito fortes e segundo denúncias as vítimas eram coagidas em entrevistas de seleção e as funcionárias tinham que praticar o ato para continuarem empregadas, caracterizando assédio moral e sexual. Elas são filmadas por ele mesmo fazendo sexo oral no homem.
Muitas parecem ter menos de 18 anos e uma das meninas chega a tentar impedir que ele filme o ato sexual, se mostrando muito desconfortável. No total, Carlos é suspeito de fazer ao todo 57 vítimas de favores sexuais.
A denunciante afirma que o homem a ameaçou de morte em caso de exposição do caso. Os vídeos vieram à tona e o homem foi demitido, mas a Tumpex não fala o motivo da demissão, gerando revolta nas funcionárias vítimas de abuso.
Polêmicas na Tumpex
Mauro Lúcio Mansur da Silva, Marcos Paulo Silva de Souza, Jeferson Lopes da Silva, José Antônio Marques Vieira, José Nelson Rosa, Benedito Ilson Pereira Martins, Francisco Xavier Verás dos Santos, Valdeci Faria Bruno e Jose Paulo de Azevedo Sodré Neto foram os proprietários e chefes da empresa presos durante a operação Entulho, ocorrida no dia 20 de junho, pela Polícia Federal.
Na época, segundo o delegado Eduardo Zózimo, o grupo, sendo quatro empresários, é investigado por fazer parte de um esquema fraudulento que emitiu R$ 245 milhões em notas fiscais “frias”.
As investigações iniciaram em 2016, quando os crimes começaram a ser praticados. E, apesar dos escândalos, o ex-prefeito Arthur Neto (PSDB) renovou o contrato da empresa por mais 15 anos, indo até 13 de novembro de 2035.