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Veja publica dossiê ‘fake’ entregue por Amom Mandel sobre as eleições de 2020

Matéria é feita logo após deputado dizer que é perseguido e que fez 'grave' denúncia. Foto: Reprodução

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MANAUS (AM) – O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) tenta, novamente, convencer que é perseguido e que autoridades do Amazonas têm ligação com o crime organizado. Depois de ser acusado de abuso de autoridade por causa de uma abordagem de rotina da Polícia Militar do Amazonas, ele conseguiu fazer a revista Veja publicar, nesta sexta-feira (19), um dossiê já conhecido pelo público e que foi amplamente desmentido.

Na denúncia, são feitas suposições de que as autoridades, nas eleições de 2020, quando o prefeito David Almeida saiu eleito, tinham ligação íntima com criminosos. É citado que há um áudio de uma ligação onde Almeida fala, no entanto laudo pericial da empresa Freenatworks Solutions confirmou em 2022 que tudo não passa de uma grosseira imitação.

Ainda na época da divulgação, o delegado Samir Freire foi responsável pela investigação. Um ano depois, em 2021, ele foi preso sob acusação de interceptar, com uso de informações privilegiadas, um carregamento de ouro. Em 2022, investigações do Ministério Público resultaram na Operação Garimpo Urbano, que prendeu o então delegado e outros policiais, fragilizando ainda mais a suposta denúncia contra o prefeito.

O que gera surpresa na divulgação da Veja, nesta sexta-feira, é ainda o fato de que Amom nega ser candidato à Prefeitura, mesmo aparecendo em diversas pesquisas e matérias, esclarecendo sua intenção só no último dia 29 de dezembro. “Eu não quero e não sou”, disse ele nas redes sociais, quando seu nome já era ventilado há meses. David Almeida segue como favorito à reeleição.

Logo depois, o deputado surge numa situação embaraçosa com a PM-AM, quando ao ser abordado durante operação policial de rotina na zona leste de Manaus, em dezembro passado, ele adotou postura autoritária.

Inconformado por ter sido parado pela PM em uma avenida, Amom deu voz de prisão aos policiais e ao comandante da operação. Todos foram parar na delegacia. Secretário de Segurança e entidade de classe dos policiais condenaram a postura do deputado. O deputado só falou sobre o caso muitas horas depois e, quando a assessoria foi contatada, nenhuma resposta à imprensa.

Expressoam:

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