São Paulo – Mais de 35 mil venezuelanos cruzaram no domingo a fronteira com a cidade de Cúcuta, no norte da Colômbia, para comprar alimentos e medicamentos que escasseiam na Venezuela, revelaram as autoridades colombianas.
Caracas decidiu abrir parcialmente esta passagem fronteiriça, para peões, que estava encerrada desde agosto de 2015.
De acordo com residentes no Estado venezuelano de Táchira, pelas 20:00 locais de domingo a fronteira permanecia aberta, duas horas depois do momento de encerramento que havia sido anunciado pela Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar da Venezuela).
Em declarações aos jornalistas, o diretor do Plano Fronteiras para a Prosperidade do Governo colombiano, Víctor Bautista, anunciou que “se for necessário, a fronteira permanecerá aberta até à meia noite”.
Imagens divulgadas nas redes sociais e pela imprensa venezuelana dão conta de grande presença de venezuelanos junto de padarias, supermercados, farmácias e lojas de câmbios, onde trocavam os bolívares venezuelanos por pesos colombianos, apesar de alguns estabelecimentos comerciais aceitarem as duas moedas.
As fotos mostram ainda venezuelanos a transportar grandes sacos com óleo, farinha de milho, massa, feijão e papel higiénico, entre outros produtos que, dizem, custam menos da metade do que na Venezuela.
São também visíveis alguns cartazes agradecendo à Colômbia por ser solidária com a Venezuela.
Na última terça-feira, mais de 500 venezuelanas romperam o cordão de segurança da GNB e foram até Cúcuta comprar medicamentos e alimentos.
Um dia depois, o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou que iria propor ao seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, a reabertura da fronteira.
[impulsosocial] [impulsosocial_popup]