Manaus- AM| Segundo um relatório publicado no fim do ano passado, os países Venezuela e Guiana, que fazem fronteira com o estado de Roraima, estão no grupo de países com a situação mais preocupante para enfrentar o coronavírus. Completam o grupo Belize, Honduras e Guatemala.
Ao final do relatório, foi apontado que nenhum país da América Latina é considerado bem preparado para enfrentar o novo vírus. A maior parte da região está na categoria intermediária, pouco preparada.
Com a maior pontuação entre os países da América Latina, o Brasil apareceu em 22º lugar, com 59,7 pontos. A média mundial é de 40,2 pontos. A Venezuela obteve a pior avaliação entre os países da América Latina (23,5 pontos), sendo o país com a pior capacidade de enfrentamento ao vírus. A Guiana vem em terceiro lugar, com a pior avaliação (32,7 pontos).
Segundo informações, uma área de isolamento também está sendo preparada no Georgetown Public Hospital Corporation (GPHC), caso as suspeitas de contaminação pelo vírus sejam confirmadas.
Nessa quarta-feira (30), a Sesau emitiu um alerta para a transmissão do coronavírus em Roraima. A maior preocupação é com a fronteira entre Bonfim e Lethem, que costuma receber turistas da China, onde está o epicentro da transmissão.
“O presente alerta visa orientar os estabelecimentos de saúde do estado e dos municípios de como devem proceder no monitoramento da doença. Roraima por ter duas fronteiras, a maior preocupação é com relação a faixa de fronteira Bonfim-Lethem”, cita o comunicado.
De acordo com o Latin America Risk Report, relatório divulgado com base no estudo, a questão-chave para o país é a combinação de infraestrutura de saúde pública precária, tensões políticas e presença de criminosos e grupos armados não-estatais, especialmente em áreas urbanas.
O coronavírus, segundo o estudo, é considerado diferente dos desafios típicos de doenças transmissíveis da América Latina. No entanto, o vírus é mais parecido com o resfriado comum e se espalharia por um vetor diferente da dengue, o que significa menos familiaridade entre as autoridades locais de saúde e as diferentes regiões, incluindo cidades de grande altitude sendo atingidas.