MANAUS (AM) – Em busca da reeleição este ano, alguns vereadores de Manaus esquecem que o próprio passado os condena. É o caso de Diego Afonso (PDT), Rosivaldo Cordovil e Professor Fransuá (PSD). Envolvidos em violência doméstica, eles colecionam casos contra esposas, ex-esposas e outras pessoas de seu convívio e tentam novamente uma cadeira na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
A hipocrisia é tanta que, Diego Afonso, chegou a ter um Projeto de Lei (PL) nº 146/2019 aprovado na CMM que previa prioridade para mulheres vítimas de violência doméstica e familiar na aquisição de imóveis construídos por programas habitacionais em Manaus.
Se dizendo defensor da causa, ele disse que a violência doméstica tinha que ser combatida: “Além de combatermos com diversas ações, ao viabilizarmos mecanismo que visem contribuir para a minimização desta violência, teremos uma sociedade mais justa e menos doente”, disse ele.
Porém, parece que a pauta só foi da boca para fora, já que um ano depois, no dia 17 de fevereiro de 2020, ele foi acusado de agressão pela ex-esposa. Na época, ela conseguiu medida protetiva após prestar queixa na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), sendo atendida pela delegada Ivone Maria Rocha.
Violento? Eu?
O mesmo aconteceu com a ex-esposa de Rosivaldo Cordovil, que também fez um registro na especializada. Ele e a vítima estavam se separando na época, em julho de 2020, e as agressões foram motivadas pela divisão dos bens do casal. A mulher o denunciou por ameaça, injúria e lesão corporal.
Na época, o vereador usou a tribuna da CMM para desabafar e assumiu que a separação estava difícil, mas minimizou as denúncias contra ele e criticou quem estava o taxando de violento. “Passo por esse momento difícil em que qualquer pessoa ou casal pode passar, sei que tudo vai se resolver da melhor maneira possível, com tranquilidade e peço a Deus que tudo venha dar certo. Não vou pegar uma ‘pecha’ por conta de blogs estarem contando que agredi minha mulher. Eu não vou aceitar, então estou aqui me colocando à disposição da Câmara Municipal, da imprensa e de qualquer pessoa que queira falar comigo. E volto a afirmar, não agredi minha ex-mulher”, assegurou.
Professor Fransuá também seguiu a mesma cartilha e em 2018, numa polêmica onde envolvia um suposto “sexo grupal” com a namorada da época, de 36 anos. Ela o acusou de agressão após se negar a participar da orgia com os amigos dele em hotel de Presidente Figueiredo (101 KM de distância de Manaus).
Em depoimento na delegacia, a vítima disse que foi puxada para fora do quarto onde apanhou e foi xingada. Os pertences foram jogados e Fransuá teria mandado ela voltar para casa a pé.