MANAUS – AM | Na manhã desta segunda-feira (18), vereadores condenaram os ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro ao prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto e a seu pai, o ex-senador Arthur Virgílio Filho.

Bolsonaro teria proferido xingamentos ao prefeito e também ao ex-senador. “Aquele vagabundo do prefeito de Manaus, que está abrindo cova coletiva para enterrar gente e aumentar o índice da Covid. Vocês sabem de quem ele é filho, né?”, disse o presidente.

Durante a sessão plenária da Câmara Municipal, uma moção de repúdio foi proposta pelo vereador Raulzinho, que foi apoiada pela maioria dos vereadores presentes. Raulzinho (PSDB) ressaltou que os trabalhos realizados por Arthur têm sido muito importantes para o avanço da cidade.

Diego Afonso, do PSL, antigo partido do qual o presidente fazia parte, também criticou as declarações. Assim como Arthur, o vereador afirmou que o presidente não tem preparo nenhum para ocupar o cargo ao qual foi eleito.

Sassá foi o primeiro a assinar a moção, dizendo que a culpa pelas mais de 16 mil mortes no país são culpa de Jair Bolsonaro, chamando o presidente de “assassino”.

Os únicos a não assinarem a moção foram os vereadores Chico Preto, líder da oposição, e Hiram Nicolau (PSD). Chico Preto prestou solidariedade ao povo manauara, mas afirmou que essa troca de farpas entre os políticos são “caneladas políticas”. Chico Preto ainda defendeu o uso da cloroquina e azitromicina e exigiu a distribuição gratuita destes medicamentos na saúde pública.

Hiram concordou com as declarações de Chico Preto, apesar de achar que o prefeito deu a resposta certa ao presidente. Nicolau ainda frisou que o motivo dos ataques seriam justamente o histórico político de Arthur Neto.