São Paulo – O esquete Delação, da Porta dos Fundos, já atingiu 3,4 milhões de visualizações no YouTube. O roteiro é centrado em um agente da Polícia Federal (Gregório Duvivier) e em um político corrupto (Fábio Porchat).
E o agente não parece nada interessado em ouvir sobre abusos e casos de corrupção de partidos da oposição. Só quer saber de Lula, Dilma e do PT.
Acontece que o vídeo acabou gerando uma série de protestos virtuais e até um boicote pedindo que os usuários dessem “dislike” no vídeo foi organizado.
Nesta segunda-feira foi a vez de Antonio Tabet, o Kibe Loco, dar sua versão sobre o esquete. Um dos criadores do Porta dos Fundos, o ator e roteirista é conhecido por críticas ao governo federal, e ele fez questão de levantar alguns pontos sobre o episódio:
“Quem me conhece sabe qual é a minha posição em relação ao atual governo e corruptos em geral. Minha posição, aliás, é compartilhada pela maioria dos meus colegas. Acho que a Polícia Federal faz um trabalho bastante competente, sou #TeamMoro e, nem por isso, acho que Cunha, Temer, Feliciano e outros políticos são menos piores que os que hoje gostaria de ver derrubados. Sou dos que acha que “justiçamento seletivo” é querer poupar os bandidos de agora propondo uma fila para punir primeiro os bandidos desde a era Pedro Álvares Cabral”, diz.
Mas, para Tabet, o importante é pluralidade dentro do grupo: “Não abro mão da democracia e da liberdade. Acredito que todos têm o direito de se expressar. Inclusive aqueles que discordo e principalmente nos locais onde trabalho. Seja no Kibe Loco, seja no Flamengo, seja na Porta dos Fundos”.
Independente dos partidos ou orientações políticas dos integrantes do grupo, Kibe fala em atirar pedras para cima, não nas minorias:
“Evidente que jamais tacaríamos pedras em minorias oprimidas ou em injustiçados históricos. Sempre atiramos para cima. E em tempos quando cada um vê a parte de cima de um jeito, acabamos atirando em mais de uma direção”.
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