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Vídeo: Funcionária da BYD diz que não quer se ‘sujar’ de negro e chama mulher de ‘macaco’ no Salomé Bar

Igleiciane de Azevedo Sales estava com uniforme de loja e supostamente bêbada. Foto: Reprodução

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MANAUS (AM) – Um pedido para se afastar da mesa onde a empreendedora Samira Lima Xavier curtia uma noite com as amigas, no Salomé Bar, no conjunto Vieiralves, Zona Centro-Sul de Manaus, acabou em um caso de racismo ocorrido no dia 8 de novembro. Segundo ela, a vendedora de carros Igleiciane de Azevedo Sales causou constrangimento, fez gestos obscenos e ainda proferiu ofensas de cunho racista contra ela.

Tudo começou quando uma das amigas de Samira reclamou entre seu grupo que Igleiciane, que já estaria bêbada, estava dançando com um rapaz e já tinha batido na cabeça dela com o cotovelo duas vezes e continuava. “A gente falou pra pedir pra ela afastar, mas ela já tinha respondido grosso e a gente não entendeu. Aí quando a minha amiga empurra ela com o braço, afasta com o braço, ela se vira pra mim e pergunta porque eu toquei nela”, lembrou a empreendedora.

Uma câmera de segurança mostrou a mulher, que aparece com o uniforme da loja BYD, de carros elétricos, dançando e em seguida discutindo com o grupo de amigas de Samira, que estava na ponta da mesa e toda de preto, do outro lado e distante. Segundo ela, em seguida Igleiciane levanta a mão e começa a dizer ofensas racistas: “Não toque em mim com essa tua pele negra de macaco. Não me suja de negro”, teria dito a vendedora.

A partir daí, Samira se exaltou e gritou que ela estava sendo racista, momento em que os seguranças chegaram. Logo após, a mulher teria ainda mostrado o dedo do meio, ficou rindo. Um cliente que presenciou a situação exigiu que a vendedora fosse retirada do estabelecimento e ela aparece indo embora sem se importar.

“Hoje já consigo falar porque passou um mês, minhas irmãs conversaram e falaram que a culpa não é minha. É dela de ser assim. Eu não conseguia falar, eu só chorava, chorava”, relembrou a empreendedora, que diz nunca ter passado por uma situação dessas.

O caso foi registrado no 3º Distrito Integrado de Polícia (DIP), no bairro Petrópolis, Zona Sul. Samira aguarda justiça e espera que com a divulgação do caso as pessoas não se calem e denunciem cada vez mais pessoas com comportamentos racistas.

 

 

Expressoam:

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