MANAUS (AM) – “A minha filha chegou bem, a minha filha chegou bem! Eu quero a minha filha”, gritava uma mãe ao saber que a pequena Safira, de 1 ano e 6 meses, morreu. A bebê deu entrada no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) e Maternidade Chapot Prevost, no bairro Colônia Antônio Aleixo, Zona Leste de Manaus, com tosse, coriza e falta de ar.
O caso aconteceu na noite desta terça-feira (7) e o relatório do Instituto Médico Legal (IML) registrou que a morte foi causada por infecção das vias respiratórias. Conforme vídeo, que viralizou nas redes sociais, a mãe acusou o SPA de negligência ao saber do ocorrido e depredou a unidade hospitalar.
Pessoas que estavam no local esperando atendimento disseram que a criança estava falando; aparentemente não tinha algo grave e que faleceu depois de ter sido intubada.
Em comunicado, o SPA Chapot Prevost informou que a criança deu entrada com bronquite e saturação de 85%. Os sintomas de tosse, coriza e falta de ar estavam sendo notados pela mãe há duas semanas. No entanto, no hospital, ela não melhorou e precisou ser intubada, o que foi negado no primeiro momento pela mãe.
Segundo a direção do hospital, os médicos conseguiram convencer a mulher quando o estado de saúde já era grave e Safira não resistiu. Ela teve parada cardíaca, foi tentado 12 reanimações e ela morreu.
Leia a nota, na íntegra:
O Serviço de Pronto-Atendimento (SPA) e Maternidade Chapot Prevost esclarece que a paciente, de um ano e seis meses, deu entrada na emergência da unidade com relatos de tosse, coriza e falta de ar há duas semanas, diagnosticada no primeiro atendimento médico com bronquiolite e saturação 85%.
Após nebulização e medicação, a criança não apresentou melhora da saturação e foi informada a necessidade de intubação, o que foi negado pela mãe da paciente. Com a negativa da mãe, os médicos realizaram novas medicações para estabilizar a paciente, porém sem sucesso.
Em nova tentativa, os médicos conseguiram a autorização da mãe para intubação na paciente que já apresentava saturação de 69% e quadro grave de saúde. Após a intubação a paciente teve uma parada cardíaca e mesmo com 12 manobras de reanimação a criança não resistiu, vindo a óbito.
Com a confirmação do óbito, a mãe tentou agredir a equipe médica e de enfermagem e com a ajuda de outra filha iniciaram a depredação da recepção da unidade. A situação foi controlada com a chegada da polícia.
A direção ressalta que todas as manobras de reanimação e procedimentos foram feitos para salvar a vida da criança, mas que diante do caso grave de saúde não foi possível.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) lamenta a morte da paciente e se solidariza com a dor da família.