MANAUS (AM) – No dia 24 de abril deste ano um vídeo feito pelas pessoas que viviam com Djidja Cardoso, na casa da família no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, mostra que a Polícia Civil tentou resgatá-la após denúncia de cárcere privado. No dia 28 de maio, a ex-sinhazinha do Garantido foi encontrada morta no mesmo local por suposta overdose de Cetamina.
Nas imagens, é possível ver os policiais entrando na residência a procura de Djidja. Um deles segura um Boletim de Ocorrência (BO) feito pela outra parte da família da empresária que denunciou que ela estava debilitada e mãe e irmão também estavam usando a droga de uso veterinário.
Cleusimar, a mãe, aparece indignada e discutindo. Ademar, o irmão, também é filmado, bebendo algo numa xícara e parece mais calmo. O policial pergunta por Djidja e a mãe se revolta.
“O senhor está falando da minha filha?”, pergunta. “Da sua filha, da sua filha, Djidja, isso mesmo”, disse o policial. É quando outra pessoa não identificada responde tentando amenizar. “Ela não está em cárcere privado, meu amor”.
Na casa há muitos cachorros que latem e Cleusimar é uma das mais agitadas. Ela chega a encostar no policial, o fazendo levantar os braços como forma de alertá-la para não tocar nele.
O policial segue andando a procura do quarto e pede que a mãe mande Djidja abrir o quarto. Cleusimar bate na porta, mas a ex-sinhazinha não teria permitido ninguém entrar e se recusou a sair.
A família queria que a polícia flagrasse a situação crítica de Djidja, chamasse o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a encaminhasse para o hospital. Não deu tempo.
Além dos outros parentes, Bruno Roberto, o ex-namorado, esteve com Djidja no dia da morte e dormiu no mesmo quarto que ela. Ele estaria tentando fazê-la diminuir o consumo, mas na madrugada ela morreu aos 32 anos.
Cleusimar e Ademar estão presos desde o dia 30 de maio. Bruno foi preso na última sexta-feira (7).