MANAUS (AM) – O pós-graduando Christopher Souza da Rocha, foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (10), dentro da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), durante o 1º Simpósio Ajuricaba de Liberdade na Amazônia. O evento foi marcado por confusão.
De acordo com o reitor da universidade, Siylvio Pulga, um grupo de alunos protestava contra a palestra sobre empreendedorismo em Israel que estava sendo conduzida pelo presidente-executivo da StandWithUs Brasil, André Lajst. O grupo afirmava que o evento era baseado em ações violavam leis internacionais e os direitos do povo palestino
Durante a confusão uma servidora saiu do auditório e tentou acalmar os ânimos, houve xingamentos e a filha dela que estava próximo também foi agredida verbalmente, houve empurra-empurra e a mulher acabou com o nariz quebrado. Ela registrou uma denúncia contra os alunos, no 11º Distrito Integrado de Polícia (DIP) da capital.
Já Christopher teria empurrado um agente da Polícia Federal que estava no local para escolta do palestrante após ameaças de ataque no local. Ele foi detido e levado para a sede da Superintendência da PF, mas em seguida teria sido liberado, ainda de acordo com a reitoria.
A União da Juventude Socialista (UJS) informou que o pós-graduando detido é o presidente da entidade no Amazonas. A Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (Adua) emitiu nota de repúdio à atuação dos agentes da Polícia Federal. Confira:
“A Diretoria da ADUA – Seção Sindical do ANDES-SN vem publicamente repudiar a atitude truculenta da Polícia Federal na prisão do estudante do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Amazonas (PPGE-Ufam) e membro do Conselho Universitário (Consuni), Christopher Souza da Rocha, que, juntamente com outros e outras estudantes, exercia o direito constitucional de livre manifestação política por ocasião da realização do “I Simpósio Ajuricaba de Liberdade na Amazônia”, no auditório Rio Amazonas da Faculdade de Estudos Sociais (FES), no campus da Ufam em Manaus. Ao mesmo tempo solicitamos ao reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, que interceda junto à Polícia Federal pela imediata liberação do estudante.”