MANAUS-AM| Nesta terça-feira (16), a fábrica de cerveja artesanal Mahy Cervejaria foi interditada, após fiscais da Vigilância Sanitária municipal (Visa Manaus) encontrarem sacas de malte com fezes de rato. O relatório completo da fiscalização foi dado nessa sexta-feira (19).
De acordo com a prefeitura, os fiscais encontraram na empresa, 1,8 toneladas de malte com alterações, em embalagens perfuradas e com fezes de rato. O produto, distribuído em 72 sacas de 25 quilos, foi apreendido para ser descartado. A empresa deverá ser multado.
Conforme os responsáveis pela vistoria, os fiscais Ana Hilda Costa e Fabio Markendorf, as irregularidades encontradas na inspeção, traziam riscos ao consumidores, por não apresentar data de validade e conter fezes de rato nos sacos de malte. “Não é permitido utilizar matérias-primas nestas condições, ainda mais para o preparo de bebidas destinadas ao consumo humano”, observou Markendorf. A Mahy Cervejaria produz cerveja de marca própria e comercialização de shopp em rede de restaurante local.
Os fiscais alertaram também que o compromisso na produção de bebidas e comidas deve ao mínino ter as normas seguras para a saúde do consumidor. “Falhas no processo, por acidente ou negligência, podem causar danos muito graves aos consumidores”, ressaltou Ana Hilda, citando o caso recente da cervejaria mineira Backer, onde deixou vítimas pelo descaso na comercialização de produtos.
Justiça do Amazonas suspende ato administrativo
Nesta segunda-feira (22), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) suspendeu o ato administrativo da Visa Manaus (Departamento de Vigilância Sanitária) da Semsa (Secretaria Municipal de Saúde), que interditou Mahy Cervejaria. De acordo com o juiz Gildo Carvalho, a fiscalização realizada foi imprópria uma vez que seria de competência de um órgão federal e não da Prefeitura de Manaus. Alem disso a empresa apresentou certificações que apontam que os procedimentos de higiene e armazenamento de matéria prima (malte e demais insumos próprios da fabricação de cerveja), estão em dia. A multa para o órgão municipal que fez a vistoria chegará até R$ 150 mil.