RIO DE JANEIRO | O jornalista William Bonner, apresentador do Jornal Nacional, anunciou através do Twitter, na manhã desta quinta-feira (21), que estelionatários têm usado o CPF do filho para conseguir aprovação no auxílio emergencial.
Em um longo desabafo, Bonner relatou que esses golpes têm sido aplicado há pelo menos 3 anos, sempre em nome de seu filho, Vinicius Bonnemer, fruto de sua relação com Fátima Bernardes, e que teria sido utilizado, inclusive, para “a abertura de empresas ou a contratação de serviços de TV por assinatura, entre outras”.
“Estelionatários têm usado há 3 anos o nome e do CPF de meu filho para fraudes, como a abertura de empresas ou a contratação de serviços de TV por assinatura, entre outras. Constituí advogados para encerrar todas as falcatruas, devidamente denunciadas à polícia, com queixas registradas em boletins de ocorrência”.
Na sequência Bonner faz críticas à burocracia exigida para que se resolva o caso e, em seguida, afirma que os estelionatários recentemente pediram o auxílio emergencial com os dados do filho. “Meu filho não pediu auxílio nenhum, não autorizou ninguém a fazer isso por ele. Mais uma fraude, obviamente”, afirma.
Indignado com a falta de transparência e com a facilidade com a qual o CPF do seu filho foi aprovado no programa do governo federal, Bonner também comentou sobre quantas pessoas mais podem estar sendo enganadas ou usadas de má-fé para a obtenção do benefício.
“Desta vez, o que vem à tona é ainda mais grave. Pelos critérios do programa de auxílio emergencial, alguém nas condições sócio-econômicas do meu filho não tem direito aos 600 reais da ajuda”, relatou o jornalista.
Wwilliam Bonner afirmou que uma reportagem do O Globo aponta que a Dataprev “não verificou na Receita se os CPFs, embora pertencentes a pessoas sem renda própria, eram de dependentes de cidadãos com renda (como filhos, filhas, parceiros, parceiras)”.
“Quantos entre esses foram vítimas de fraudadores, como aconteceu com meu filho? Quantos entre esses realmente fraudaram o programa? Meu filho não fraudou, é vítima e pode provar”, afirma o jornalista.
Ainda de acordo com o apresentador do JN, uma nova queixa-crime sobre o caso foi aberta e ele espera rápida apuração do caso.