MANAUS-AM O governador Wilson Lima entregou oficialmente, nesta quarta-feira (12/08), o Posto de Fiscalização Agropecuária Ozeas Lima, localizado no município de Novo Aripuanã (a 225 quilômetros de Manaus). A unidade foi implantada em uma região classificada como Bloco I, que inclui 13 municípios do sul e do sudoeste do Amazonas, e que foi reconhecida, na terça-feira (11/08), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como área livre de febre aftosa sem vacinação.
Esse resultado é fruto dos investimentos do Governo do Estado, por meio da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), nas ações do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa. Os 13 municípios que compõem esse Bloco I são: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna e Itamarati, e parte de Tapauá.
Esses municípios detêm mais de 65% do rebanho do Amazonas. Ao todo, são 1.020.096 cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos. O Amazonas possui um rebanho total de 1.562.081.
“É importante comercialmente para o estado do Amazonas porque vai garantir uma melhor renda para quem investe na questão da pecuária. É um incentivo para esses produtores, é um desejo antigo deles que esperavam esse reconhecimento por parte do Ministério da Agricultura, e ele veio. O Governo Federal fez a sua parte e o Governo do Estado também está fazendo a sua parte no momento em que monta as barreiras e cria todas as condições necessárias para garantir a fiscalização e garantir que o gado que está saindo daqui, é um gado de alta qualidade”, explicou o governador Wilson Lima.
A unidade em Novo Aripuanã foi implantada em abril deste ano. Em quatro meses de funcionamento, já foram fiscalizados 12.434 bovinos e bubalinos, transportados em balsas boiadeiras, e cerca de 25 mil toneladas de subprodutos, como queijo e peixe. Esses últimos também passam pela fiscalização dos agentes da Adaf que verificam o documento que certifica o trânsito legal dos produtos no estado.
Instalações – O Amazonas tem, atualmente, sete postos de fiscalização: no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus; em Jundiá (Roraima); em Parintins; Humaitá; Manicoré; Apuí e Novo Aripuanã. As três últimas, localizadas de maneira estratégica, impedem o trânsito de animais vacinados para dentro da área delimitada que inclui 13 municípios do sul e do sudoeste do Amazonas, integrantes do Bloco I.
“Essas estruturas servem para evitar e cumprirmos um dos normativos do Ministério da Agricultura e da Organização Mundial de Saúde Animal, que é evitar a entrada de bovinos vacinados na nova área livre de febre aftosa sem vacinação. Só podem entrar animais nessa área com destino para abate, e não pode entrar animais para cria e recria. Isso é um grande avanço sanitário para o estado do Amazonas, que se coloca sanitariamente na elite brasileira agora”, destacou o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo.
A fiscalização é realizada diariamente nas embarcações, conforme explica Alexandre Araújo. As embarcações têm que navegarem com as guias de trânsito animal. A fiscalização ocorre para verificar se essas guias expedidas conferem com os animais que estão sendo transportados. Dependendo do enquadramento da irregularidade, pode-se devolver à origem, como também até destinar animais para o abate sanitário, caso a irregularidade seja insanável.
Homenagem – O posto em Novo Aripuanã leva o nome do médico veterinário que, por muitos anos, atuou no Sistema da Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), na assistência rural e na defesa agropecuária, tendo sido responsável pelas Unidades de Sanidade Animal e Vegetal dos municípios de Humaitá e Manicoré.