Manaus – O governador Wilson Lima se reuniu, nesta quinta-feira (07/11), com o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Leal, para tratar do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa e outros assuntos relacionados à defesa agropecuária no Amazonas. Na ocasião, ambos trataram das medidas adotadas que poderão tornar o estado livre da febre aftosa sem vacinação.
Na reunião, ambos discutiram o plano de ação para que o Amazonas conquiste este status. O Estado já cumpriu mais de 90% do plano. “O Amazonas é reconhecido internacionalmente pela Organização Mundial de Sanidade Animal como área livre de febre aftosa com vacinação e nós estamos trabalhando para que a vacina de febre aftosa não seja mais necessária em 13 municípios do estado e, assim, possamos nos tornar livres de febre aftosa sem vacinação. Será um ganho muito grande para o estado”, afirmou o governador.
Inicialmente, segundo o governador, a ideia é de que a vacina deixe de ser necessária em 13 municípios, sendo eles: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini e parte de Tapauá. Ao todo, 943.185 animais representam o rebanho dessas regiões, distribuídos em 5.448 propriedades rurais.
“Quando isso acontecer vamos abrir mercado para o rebanho que é livre da doença sem vacinação, o que representa a valorização da agropecuária familiar, empresarial e sustentável do nosso estado. Esses 13 municípios estão localizados ali mais no sul do Amazonas, em uma região onde a pecuária é uma das principais atividades econômicas das pessoas que ali vivem”, explicou Wilson Lima.
Além do secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, também participaram da reunião o secretário de Produção Rural, Petrucio Junior; o presidente da Federação da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Muni Lourenço; o superintendente regional do Ministério da Agricultura no Amazonas, Guilherme Pessoa, e o diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Amazonas (Adaf), Alexandre Araújo.
“A retirada da vacinação na verdade é um coroamento da erradicação da febre aftosa no nosso país e no estado do Amazonas. Nós tivemos um reconhecimento internacional com vacinação e no momento em que se retira a vacinação nós temos que intensificar as ações de vigilância para poder manter o status sanitário”, explicou o diretor-presidente da Adaf destacando que hoje o Amazonas tem um rebanho de 1.492.769 animais e conta com 15.140 propriedades rurais cadastradas.
Ao secretário nacional de Defesa Agropecuária o governador ainda disse que espera encontrar o mais rápido possível o equilíbrio fiscal do Estado para que, assim, possa convocar os aprovados no concurso da Adaf, entendendo a necessidade da atuação dos profissionais.
Sobre o plano – O plano estratégico prevê retirada da vacina contra febre aftosa no país até 2023 e tem como principal objetivo criar e manter condições sustentáveis para garantir o status de país livre da febre aftosa. O objetivo é ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação, protegendo o patrimônio pecuário nacional e gerando o máximo de benefícios aos atores envolvidos e à sociedade brasileira, bem como a abertura de novos mercados para produtos de origem animal.
Nesse sentido, o Mapa dividiu o país em cinco blocos. No bloco I integram os estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e parte da região sul e sudoeste do Amazonas. Os restantes dos municípios do estado participam do bloco II, juntamente com Roraima, Amapá e Pará.
Campanha – A segunda etapa da campanha “Amazonas sem Febre Aftosa”, coordenada pela Adaf, iniciou no dia 1º de novembro. No estado, o calendário de vacinação da campanha “Amazonas sem Febre Aftosa”, foi dividido em duas etapas. Em 41 municípios que compõem a calha do rio Amazonas foram vacinados bovinos e bubalinos, nos períodos de 15 de março a 30 de abril e de 15 de julho a 31 de agosto. Nos demais 21 municípios, o calendário de vacinação foi definido para os meses de maio e novembro.